Temporada será de tiros no escuro contra privilégios e desobediência

O futebol no Brasil teve um 2015 turbulento. As farpas entre CBF e os presidentes das maiorias dos clubes foram o grande destaque, fora a corrupção instalada e denunciada, que também atingiu a Fifa. Ao final do ano, algumas pendências ficaram para serem resolvidas em 2016. No entanto, sendo ano olímpico, as discussões provavelmente serão abafadas ou até mesmo ignoradas.

A grande discussão, que a CBF vetou veemente, foi a criação da Liga Sul-Minas-Rio, ou como foi chamada posteriormente, de Primeira Liga. Um contraponto com a desvalorização dos campeonatos estaduais, as equipes envolvidas na competição bateram de frente com os interesses e ideologias da Confederação. Alexandre Kalil, presidente do Atlético Mineiro, liderou esse movimento por muito tempo.

Mas a “revolução” parou nesse ponto. Kalil deixou a liga e nada mais foi dito sobre a competição. Não compreendo até hoje porque o mandatário saiu da CEO da Primeira Liga.

Estamos em um momento que os clubes brasileiros não aguentam mais tanta bagunça com o futebol nacional. As reclamações da arbitragem, por muitas vezes com razão, é o ápice de que a modalidade no país precisa de uma mudança urgente. Não adianta manter o padrão do jeito que está, muitos times estão com dívidas e a CBF não sabe como solucioná-los.

Por outro lado, a CBF cansou das reclamações. Quer, mesmo que na surdina, punir os clubes pela “desobediência”. A punição que ia ser gerada aos clubes devedores foi por água abaixo. Não fosse o Goiás abriu novamente a discussão, entraríamos em um novo ano com os mesmos problemas ignorados pela Confederação. A bagunça é generalizada.

2016 promete mais embates, principalmente por ser ano olímpico. Rio de Janeiro promete para todos os esportes, principalmente para o futebol.

Comentários