Renascido das cinzas, River tenta vencer anfitrião e ir à final do Mundial



Campeão da Taça Libertadores, o River Plate encarará nesta quarta-feira, a partir de 8h30 (horário de Brasília), o Sanfrecce Hiroshima, que sonha ser o primeiro anfitrião da história a se garantir na final do Campeonato Mundial de Clubes da Fifa.

O duelo acontecerá no estádio Nagai, em Osaka, em que o time argentino, como os demais sul-americanos que entraram nesta disputa, aparece como franco favorito para ir à decisão, encarando representante europeu - na quinta, o Barcelona pegará o Guangzhou Evergrande, da China.

Esta é a primeira participação do River no torneio, que acontece no Japão. A última vez que esteve em disputa desta magnitude foi em 1996, na Copa Intercontinental, em que os 'Millonarios' perderam para a Juventus por 1 a 0. Dez anos antes, o clube foi campeão ao bater o Steaua Bucaresti, pelo mesmo placar.

O representante sul-americano, potência do futebol argentino, estreia no Mundial poucos anos após viver um dos piores momentos de sua história. Último colocado no Torneio Apertura de 2008, o time seguiu tendo maus resultados, até acabar rebaixado em 2010/2011, pelo desempenho no sistema de médias das três temporadas anteriores.

O título da segunda divisão veio logo na sequência, com consequente acesso à elite e, depois de um vice Torneio Final (novo nome do Clausura) de 2013, o River conquistou a mesma competição no ano seguinte, saindo do jejum de seis anos sem soltar o grito de campeão.

Após vencer a Copa Sul-Americana, já no retorno à Libertadores, os 'Millonarios' lutaram para evitar eliminação na fase de grupos, reagiram, eliminando o Boca Juniors, em polêmica oitava de final, para depois passar por Cruzeiro, Guaraní, do Paraguai, e Tigres, do México, na final.

A equipe passou por mudanças no segundo semestre, em que o desempenho no Campeonato Argentino foi irregular, com a nona colocação entre 30 participantes. Peças importantes como o goleiro e capitão Marcelo Barovero, o zagueiro Jonathan Maidana, o volante Matías Kranevitter - já negociado com o Atlético de Madrid - e o meia Carlos Sánchez, seguem na equipe.

Os três estarão em campo nesta quarta-feira, conforme já anunciou o técnico Marcello Gallardo. A principal dúvida do comandante e ex-meia da equipe era no setor de meio, com Leonardo Pisculichi levando a melhor sobre o veterano Lucho González.

O representante do país-sede no Mundial, Sanfrecce Hiroshima, por sua vez, vive um mês de fortes emoções, provavelmente, o maior da história do clube fundado em 1938, que disputa a J-League, liga profissional do Japão, desde a temporada inaugural, em 1993.

A equipe do atacante Douglas, ex-Figueirense e Madureira, garantiu nos últimos dias de novembro, a conquista do segundo turno do campeonato local, se garantindo na fase decisiva, indo direto para a final, pela melhor campanha geral.

Nos duelos pelo título, o Gamba Osaka foi superado e a vaga no Mundial garantida. Já na competição internacional, a primeira vítima foi o Auckland City, e a segunda, que deu acesso às semifinais, foi o TP Mazembe, em expressiva vitória por 3 a 0.

Para a partida desta quarta-feira, o técnico Hajime Moriyasu deverá ter os desfalques, mais uma vez, do trio de meias Gakuto Notsuda, Kosei Shibasaki e Kohei Shimizu, que já ficaram fora do duelo contra o campeão africano.

Vencedores e derrotados das semifinais voltarão a campo neste domingo no Estádio Intenacional de Yokohama, os primeiros para a final, também às 8h30 (horário de Brasília), e os demais para partida que definirá o terceiro colocado, às 5h (também no horário de Brasília).

UOL Esporte

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