Após seis cirurgias, norueguesa faz seu país vencer Mundial de handebol

(Foto: Divulgação/Larvik Handballklubb)


Uma das maiores favoritas ao título, a Noruega atendeu às expectativas e conquistou, neste domingo, o Mundial feminino de handebol. A vitória por 31 a 23 sobre a Holanda dá o terceiro título da competição ao país nórdico, que está acostumado a ganhar e é também bicampeão olímpico. A estrela do time, porém, nunca teve esse gostinho. Após seis cirurgias nos joelhos, dois anos de inatividade e o risco real de não voltar às quadras, Nora Mork finalmente brilhou.

A norueguesa de 24 anos é a maior estrela da maior potência do handebol feminino atualmente. Na campanha até a decisão, Nora Mork foi a artilheira com 43 gols e esteve especialmente inspirada nos mata-matas. Contra Montenegro e Romênia, nas quartas e na semi, respectivamente, ela fez oito gols em cada partida.

É a consagração da armadora canhota, que desde 2011 sofre com lesões. Naquele ano, ela havia acabado de vencer a Liga dos Campeões quando teve a primeira lesão no joelho. Foi para a cirurgia e perdeu a disputa do Mundial daquele ano, que suas compatriotas venceram. O drama se acumulou. Seguida lesões e voltas frustradas às quadras a deixaram de molho por dois anos.

Foram, ao todo, seis operações, segundo o jornal VG Sporten. Mork perdeu, além do Mundial de 2011, os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, que a Noruega também venceu. "Ir àqueles Jogos era meu grande objetivo. Foi muito duro ficar fora por conta de uma lesão. Não tem um dia que eu passe sem pensar nas Olimpíadas", disse ela ao jornal DagBladet, em junho, após uma visita ao Rio de Janeiro.

O jogo deste domingo mostrou que ir ao Brasil e levar uma medalha é uma possibilidade bastante real. Mesmo sem brilhar nas finalizações, Mork foi importante na armação das jogadas que destruiu a sensação Holanda. Em uma final que prometia muito equilíbrio, a seleção nórdica sobrou e virou o primeiro tempo com 20 a 9.

Com a vantagem, a etapa final serviu só para consolidar a vitória. A dez minutos do fim, a Holanda chegou a engrenar e ficou a seis de desvantagem, mas nunca conseguiu se aproximar de verdade. 

UOL Esporte

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