(Foto: Guilherme Costa / UOL) |
Ainda que tenha sido esportivamente esvaziado, com apenas 44 atletas e sem os países mais tradicionais na modalidade, o evento-teste do tênis de mesa para os Jogos Olímpicos de 2016 serviu como parâmetro para uma importante mudança estrutural. O sistema de iluminação montado no Riocentro recebeu críticas de atletas e da federação internacional (ITTF), e por isso terá de ser repensado.
O evento-teste do tênis de mesa foi realizado entre quarta-feira (18) e sábado (21), no pavilhão 4 do Riocentro – nos Jogos, a modalidade ocupará o pavilhão 3, cuja estrutura é igual. Toda a estrutura de competição é móvel, e a iluminação foi montada em colunas de metal.
As reclamações foram motivadas pelo posicionamento das lâmpadas, mas principalmente pela existência dessas colunas. A ITTF avaliou que isso deixou o ambiente "visualmente poluído" e que esses aparatos aumentaram consideravelmente o número de pontos cegos na arquibancada.
"Foi tudo bem, mas a gente vai precisar ajustar. Principalmente a questão das colunas de iluminação que a gente montou. A gente vai voltar para o planejamento e fazer adequações para os Jogos. Dá para melhorar", admitiu Gustavo Nascimento, diretor de estruturas esportivas da Rio-2016.
Como a revisão do projeto será apenas de posicionamento, não haverá um orçamento extra para um sistema de iluminação diferente. "É uma conversa que a gente tem com a federação internacional. Eles sugeriram uma área de competição mais limpa, sem colunas, com mesas e divisórias", completou Nascimento.
Grande novidade, piso verde é aprovado por atletas
Se a iluminação foi reprovada, o piso passou pelo crivo dos atletas que estiveram no evento-teste. O tablado da Rio-2016 será verde, o que é uma grande novidade para o tênis de mesa – tradicionalmente, o chão de competições é vermelho ou azul.
A questão de mudança de cor do piso era uma preocupação no evento-teste. O tênis de mesa é uma modalidade de muita precisão, e fatores como fluxo de ar ou o reflexo que a bola tem no solo podem ter enorme influência.
"A gente estava acostumado a treinar e jogar num piso vermelho. Quando mudaram para o azul eu achei um pouco claro. Era um pouquinho diferente. Não chegou a atrapalhar, mas era meio claro", opinou a brasileira Gui Lin, que venceu a disputa individual feminina do evento-teste. "Mas aqui eu nem reparei que era verde. Só descobri quando vieram me perguntar", completou.
"Uma cor forte, como um amarelo, pode atrapalhar bastante", adicionou Hugo Hoyama, ex-atleta e atual técnico da equipe feminina do Brasil.
Hoyama, aliás, encontrou uma motivação extra para elogiar a nova cor de piso: "Particularmente eu adorei porque sou palmeirense. É um verde bonito".
UOL Esporte
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