(Foto: Bryn Lennon/Getty Images) |
Uma corrida morna, com poucas ultrapassagens e na qual praticamente todos os pilotos adotaram a mesma estratégia. A história do GP do Brasil se repetiu pela maior parte das corridas desta temporada da Fórmula 1, que se encerra daqui a duas semanas, em Abu Dhabi. E a própria Pirelli reconhece que isso se deve a uma postura mais conservadora no fornecimento de pneus.
Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, o chefe da Pirelli na F-1, Paul Hembery, afirmou que a empresa acabou não cumprindo, nesta temporada, com o que a Federação Internacional de Automobilismo espera em relação aos pneus. Depois de sofrer muitas críticas pelo alto nível de desgaste em anos anteriores, foi adotada uma postura mais cautelosa, com o fornecimento de pneus mais duros, o que deixou as provas menos movimentadas.
"Pode ser que tenhamos sido um pouco conservadores demais nesta temporada porque a maioria das provas teve apenas uma parada. Isso não está alinhado com o que queremos fazer e com o que nos foi pedido, que era fazer com que as provas tivessem duas ou três paradas."
Hembery explica que a diminuição no número de paradas não foi algo feito de propósito pela Pirelli. Mas, sim, é apenas um reflexo da falta de testes, que dificulta a previsão do rendimento dos carros. "Com a falta de testes, ficou difícil termos nós soluções. Tivemos alguns testes de apenas um dia, então ficamos limitados na quantidade de mudanças que podemos fazer."
O britânico reconheceu que a situação pode ficar estável na próxima temporada, uma vez que o regulamento não terá grandes alterações e a Pirelli ainda não conseguiu acertar a realização de mais testes em 2016.
"Isso vai mudar para 2017", garantiu Hembery. "As regras vão ser alteradas dramaticamente - ainda que ainda não saibamos o que vai ser mudado - e existe a compreensão de que é preciso ter um aumento significativo da quantidade de testes. Não há nenhuma empresa no mundo que consiga fazer o que nós conseguimos sem ter testes."
UOL Esporte
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