Sul-africano Tokyo Sexwale será candidato à presidência da Fifa

Divulgado mais um nome para a eleição da Fifa, dia 26 fevereiro, que escolherá o sucessor de Joseph Blatter. Nesta segunda-feira, o sul-africano Tokyo Sexwale, de 62 anos, anunciou que tem os cinco votos mínimos necessários das federações associadas à entidade e confirmou, através de sua assessoria, a candidatura.

Embora tenha admitido candidatar-se no início do mês e logo ter conseguido o apoio do alemão Franz Beckenbauer, o nome de Tokyo é uma surpresa.  Celebridade em seu país por causa da luta que travou contra o Apartheid e um milionário do ramo da mineração e das telecomunicações no país, Sexwale não tem grande vínculo com o futebol. O que fez foi integrar o comitê organizador para a Copa de 2010. Foi "contratado" por Joseph Blatter para a função muito em razão de ser um nome popular e de ter forte vínculo com Nelson Mandela (os dois estiveram presos juntos na Ilha de Robben, próxima à Cidade do Cabo).

Nesta função, Sexwale se saiu bem. Organizou a reunião do Comitê Executivo da Fifa em 2009, às vésperas do sorteio dos grupos da Copa, exatamente na ex-prisão que agora é um complexo turístico, e lançou o programa na qual a Fifa patrocinou eventos de futebol em comunidades carentes do país. Desde então, passou a integrar o comitê anti-racismo da Fifa e passou a trabalhar como consultor em áreas de risco.

Sua candidatura foi possível em razão da fratura dos apoios das federações africanas. Sem a necessidade de fechar com um nome, elas estão livres para as escolhas. Parte do continente apoia a candidatura (já lançada) do presidente da federação liberiana Musa Bility. Ainda há a possibilidade de que o ex-jogador nigeriano Segun Odegbami também consiga o apoio de pelo menos cinco federações para lançar-se candidato. Porém, até a noite deste domingo, Odegbami tinha apenas um apoio público, da federação de sue país. O outro candidato que lançou o seu nome, Zico, também não tinha conseguido os cinco votos mínimos até o início desta segunda-feira.

Os candidatos confirmados:

Ali Bin Al Hussein - O príncipe jordaniano foi o segundo colocado na eleição passada, quando obteve 73 votos no primeiro turno. Ele comanda a federação de seus país e a Federação do Oeste da Ásia (engloba o Oriente Médio).  Por causa desta última função, é um dos vice-presidentes da Fifa. Porém, é isto como um nome que passa ao largo dos escândalos da entidade.

Jérôme Champagne - Diplomata francês radicado na suíça e muito ligado aos nomes que compõem a situação da Fifa, já que foi assessor, secretário-geral adjunto, vice-presidente e diretor de relações internacionais da enteidade entre 1999 e 2010.

David Nakhid  - Ex-jogador de Trinidad e Tobago agora radicado no Líbano, onde tem uma academia de futebol.  Conseguiu reunir votos das federações caribenhas que rebelaram-se contra os manadatários da Concacaf.

Tokyo Sexwale - Magnata sul-africano, é quem tem o menor vínculo com o futebol. Conseguiu o apoio da África do Sul (Suazilândia e Lesotho por conta) e espera que o continente e federações asiáticas encampem o seu nome daqui para a frente.

Musa Bility - Presidente da federação da Líberia, diz que tem o apoio das federações no Norte da África, mas não conseguiu evitar a sombra de Tokyo Sexwale.

Quem deve confirmar candidatura

Michel Platini -  O presidente da Uefa está suspenso até janeiro e até lá não poderá fazer campanha. Mas pode lançar a sua candidatura. A questão é que, caso no dia 8 de janeiro o comitê executivo da Fifa entenda que o francês não pode ser candidato (e isso é visto cada vez mais como possível)  a Uefa ficaria sem candidato. Trata-se de um grande risco. 

Gianni Infantino -  Ele vem a ser o plano B de Michel Platini e da Uefa e foi colocado para a mídia nesta segunda-feira. Com o veto, Platini jogaria todos os votos que possui para o secretário geral da entidade europeia. Isso o colocaria, desde já, como um dos favoritos.

UOL Esporte

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