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Após lutar contra o rebaixamento em 2014 pelo Palmeiras e acumular passagens decepcionantes por grandes clubes brasileiros, o atacante Diogo, 27, atravessou o mundo para encontrar a tranquilidade e o bom futebol.
Na Tailândia desde o início do ano, o jogador tem balançado as redes como nunca na carreira e vive a melhor temporada da sua vida profissional.
Em dez meses atuando pelo Buriram United, atual bicampeão tailandês, Diogo marcou 30 vezes em 39 partidas (média de 0,77 gol por jogo). Artilheiro da liga, ele também conquistou o título da Supercopa nacional.
“Eu nunca tinha pensado que um dia jogaria aqui [na Tailândia], mas tenho me surpreendido muito. Meu estilo se encaixou muito bem na forma como eles jogam aqui”, afirmou.
Embora admita que o país onde atua não faz parte da elite do futebol mundial, Diogo não acha que seu bem momento se deve apenas a estar enfrentando adversários mais fracos do que aqueles aos quais estava acostumado.
“É claro que é um nível abaixo do futebol brasileiro, mas aqui é bem competitivo. Nosso time tem alguns jovens, e a Tailândia aposta muito nessa geração. Tenho visto a seleção jogar e estou gostando.”
Apesar de ocupar apenas a 145ª colocação no ranking da Fifa, a seleção tailandesa está invicta a sete partidas. O país nunca disputou uma Copa do Mundo e tem como seu melhor resultado na história a terceira colocação na Copa da Ásia de 1972.
A situação dos clubes é um pouco melhor. A Tailândia tem dois títulos da Liga dos Campeões da Ásia, ambos conquistados pelo Thai Farmers Bank, em 1994 e 1995. Nesta temporada, a melhor campanha foi a do time de Diogo, eliminado ainda na fase de grupos.
Revelado pela Portuguesa no meio da década passada, Diogo fez sucesso no time paulistano e no Olympiacos, da Grécia, mas decepcionou em todas as suas passagens por grandes clubes brasileiros.
O atacante passou por Flamengo, Santos e Palmeiras e marcou apenas um gol por cada um desses times. Nada, perto dos 30 que anotou em apenas uma temporada no Buriram United.
COMIDA BRASILEIRA E MEDO DE ELEFANTE
Apesar do sucesso dentro de campo e da tranquilidade com que vive na Tailândia, Diogo sente falta dos amigos e da família. Grávida de sete meses, sua mulher já retornou ao Brasil para o parto e o deixou apenas na companhia da cozinheira brasileira que eles levaram para a Ásia.
“Dá para encarar a comida da Tailândia sim, mas é muito apimentada. Até gosto de algumas coisas, mas nunca experimentei as coisas mais diferentes, parece que tudo está vivo”, brincou.
E quando se arriscou a trocar a comida brasileira pela tailandesa, Diogo teve de encarar um dos seus medos, os elefantes, animais que são símbolo do país.
“Quando cheguei aqui, estava com um outro brasileiro e fomos jantar depois do treino. Chegamos ao restaurante e ouvi um barulho. Pensei que fosse o Marcelo, que tem um espirro muito feio. Mas era um filhote de elefante. Nosso técnico, que também estava lá, me explicou que o bichinho estava lá para tirarmos foto e darmos um trocado.”
“Se você olhar a foto, vai ver que eu estava desconfiado. Nem dei comida para o bicho, vai que ele pega no meu braço. Sou paulista da capital, bicho não é comigo.”
UOL Esporte
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