(Foto: DJALMA VASSÃO/GAZETA PRESS) |
A discussão e a suposta briga entre Carlos Miguel Aidar, então presidente do São Paulo, e Ataíde Gil Guerreiro, vice-presidente de futebol, no último dia 5, no hotel Radisson, na capital paulista, será investigada pelo Conselho de Ética do clube tricolor, conforme confirmou ao ESPN.com.br o presidente do órgão, Wilton Brandão Parreira Filho.
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Segundo a revista "Veja", no encontro entre Aidar e Gil Guerreiro, em 5 de outubro, o dirigente do futebol teria dado um soco e derrubado o então presidente tricolor após uma discussão. Ambos já negaram qualquer agressão, mas confirmaram a discussão.
Aidar chegou a declarar que a discussão foi "acalorada" ao debaterem o substituto do técnico Juan Carlos Osorio, que estava deixando o clube para dirigir a seleção do México.
Segundo Parreira Filho, a investigação da confusão trata-se de um pedido de alguns conselheiros do clube (ao todo, são 239) e não tem prazo para ser concluída.
"Recebi a documentação com o pedido de investigação ontem à noite [segunda-feira]. Reuníamos toda a comissão e já começamos a trabalhar nesse processo. Seguimos o código processo civil. Por isso, não há um prazo para a conclusão", disse Parreira Filho.
O órgão tem de apurar o que ocorreu entre Aidar e Gil Guerreiro. Isso significa convocar testemunhas, abordar os dois cartolas e, se necessário, solicitar ao hotel as imagens das câmeras de segurança do dia da confusão.
Após todo esse processo, será feito um relatório pelo conselho de ética e o documento será votado. O resultado será encaminhado ao presidente do conselho deliberativo, que hoje é presidido por Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, para ser votado pelos conselheiros.
Segundo Parreira Filho, a agressão (caso seja confirmada) ficaria enquadrada em um dos artigos do clube que prevê punição por mau comportamento.
"Estão previstas três tipos de punição: censura [que equivale a uma advertência], suspensão por 90 dias do cargo e a exclusão do quadro de sócios do São Paulo", disse o presidente do Conselho de ética e disciplina para a reportagem.
O conselho de ética é formado por cinco conselheiros. Além de Parreira Filho, compõem o órgão Mario Lourenço, Renato de Albuquerque Ricardo, Antonio Luiz Belardo e José Moreira.
Gravação ainda não é investigada
A gravação que Ataíde Gil Guerreiro diz ter do ex-presidente oferecendo uma comissão a ele no caso da contratação do lateral direito Gustavo Cascardo, então da Portuguesa, ainda não é investigada no São Paulo.
Gil Guerreiro, que não foi encontrado pela reportagem, prometeu entregar o áudio na última segunda-feira. No último contato com o ESPN.com.br, Leco disse que não recebeu a gravação.
"Nós [do conselho de ética] não recebemos o áudio. Então, não temos nada encaminhado sobre esse caso", disse Parreira Filho para a reportagem.
ESPN
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