Red Bull com Audi e Alonso? Entenda por que equipe está dando o que falar

(Foto: Ahmed Jadallah/Reuters)


Há dois anos, a Red Bull saiu do GP de Cingapura assombrando a Fórmula 1, com Sebastian Vettel chegando a andar 2s por volta mais rápido que os rivais. O time tinha mais de 100 pontos de vantagem para o segundo colocado entre os construtores, a Ferrari. Hoje, contudo, enfrenta sua pior temporada desde 2008 e sequer tem motor para correr em 2016.

Como era esperado há meses, no último final de semana foi confirmado o rompimento do contrato com a Renault, um ano antes de seu término. Com isso, a equipe campeã de construtores de 2010 a 2013 tem de encontrar uma nova fornecedora.

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Mas o time não pensa apenas a curto prazo. O dono Dietrich Mateschitz já deixou claro que está disposto a abandonar a Fórmula 1 caso não volte a ter uma equipe competitiva, o que afetaria bastante a categoria, já que a empresa é dona da Red Bull e da Toro Rosso.

Por outro lado, bons desempenhos como os pódios da Hungria e de Cingapura, pistas nas quais o motor é menos importante, mostram aos rivais que os tetracampeões ainda têm um bom carro – e poderia ser um rival forte com uma unidade de potência melhor.

Entenda as três grandes questões da Red Bull para o futuro

1. Qual será o motor?

Com o rompimento com a Renault e a negativa de Honda e Mercedes – a primeira quer focar apenas na McLaren e a segunda não vê vantagens de ceder motores a uma rival em potencial pelo título – a única opção plausível para a Red Bull no momento é a Ferrari.

O dono da empresa, Dietrich Mateschitz, disse que contar com os motores Ferrari seria "uma solução bastante aceitável" para os próximos "dois ou três anos". A dúvida é se a Scuderia estaria disposta a ceder motores com a mesma especificação que a equipe de fábrica usa, uma vez que a Red Bull já demonstrou ser capaz de produzir grandes carros. Por outro lado, Horner e companhia aceitariam um motor defasado?

2. Quem será o dono?

Há meses a Red Bull convive com o boato de que pode ser comprada pela Volkswagen e se tornar o que seria uma equipe de fábrica da Audi. Os boatos ficaram mais fortes no último final de semana, com a informação do ex-chefe de equipe e comentarista Eddie Jordan de que o negócio estaria perto de ser finalizado.

Do lado dos alemães, após negativas veementes sobre uma possível compra nos últimos meses, o tom parece ter mudado especialmente na última semana. "Por favor entenda que não vou entrar nesse tipo de especulação", se limitou a dizer o porta-voz da Volkswagen.

O chefe de automobilismo da Audi, Wolfgang Ullrich, também deixou a questão em aberto. "Vamos ver o que acontece. Isso tem sido dito há 20 anos, não é novidade."

Já o chefe da Red Bull, Christian Horner, sorriu ao ser perguntado sobre os boatos e disse que "às vezes Eddie se engana". As informações do comentarista ganharam destaque depois que ele foi o primeiro a cravar a ida de Lewis Hamilton para a Mercedes.

Ainda não se sabe, contudo, se a Audi chegaria como patrocinadora principal ou se fabricaria os motores da Red Bull a partir de 2018.

3. Quem serão pilotos?

Há um mês, Horner, que conta com Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat, afirmou que não via "motivos para trocar" seus pilotos, mas salientou que "não há motivo para apressar [um anúncio] porque ambos têm contratos de longo prazo com a Red Bull". Exemplos passados, contudo, mostram que tais contratos são geralmente com a empresa, sem garantia de titularidade ou de que o piloto correrá na equipe principal ou na Toro Rosso.

Paralelamente a isso, ganhou força no último final de semana o boato de que Fernando Alonso poderia romper com a McLaren, vendo a possibilidade da combinação Red Bull-Ferrari lutar pelo título já em 2016. Quando o espanhol, que já rescindiu um contrato com a equipe em 2007, voltou a Woking, o dono da McLaren, Ron Dennis, afirmou que não havia brechas para o bicampeão sair antes dos três anos acordados. Porém, segundo a mídia espanhola, Alonso poderia quebrar o contrato alegando que a empresa não entregou os resultados prometidos.

UOL Esporte

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