Parceiras fora das pistas, Renault e Mercedes se mostram abertas a possível cooperação na F1

(Foto: Getty Images)


Ninguém sabe ao certo o que passa pelas cabeças pensantes mais poderosas da Renault no maior momento de indefinição da participação da marca francesa na F1 nos últimos anos - mas a impressão cada vez mais clara é de que se inclinam na direção da compra de uma equipe. Fato que é há um ano de contrato ainda entre Red Bull e Renault para o fornecimento de motores que a marca não vai cumprir. Quem aparece como uma parceira em busca dessa solução é a Mercedes.

As relações amigáveis entre Renault (e Nissan) e Mercedes não são de hoje - as marcas têm uma parceria para carros de passeio por seis anos. Se com relação ao Mundial de F1 as duas não podem compartilhar produção de peças e coisas do gênero - algo contra as regras da categoria -, a Mercedes pode dar uma mão bem forte para a rival-parceira. Na verdade, duas mãos.

 Como se olha para a Lotus como a equipe que a Renault deseja comprar, a Mercedes começaria deixando a parceria de fornecimento com o time preto e dourado. Depois, poderia pintar como a nova fornecedora da Red Bull - com especificações mais antigas de motores -, embora essa pareça a ajuda menos provável. Além disso, a parceria pode se estender a alguns pontos que fiquem de fora da competição.

"Ou entramos ou saímos - esse é o centro das nossas discussões", já confirmou o presidente da Renault, Carlos Ghosn. "Abri discussões com Dieter [Zetsche - presidente da Daimler e número 1 da Mercedes] sobre a F1. Vamos continuar sendo competidores, mas se houver áreas que não mudam a natureza da cooperação, então por quê não?", questionou durante a o Salão de Automóveis de Frankfurt.

Indagado sobre a possibilidade, Zetsche se mostrou bem aberto. "Gostaríamos muito que a Renault ficasse na F1, mas isso é decisão deles. Se pudermos ajudar com isso de alguma forma, iremos."

Caso decida mesmo voltar a ser uma equipe particular, Bernie Ecclestone já garantiu que a Renault vai passar a entrar na divisão de dinheiro da FOM apenas para equipes históricas, se juntando à própria Mercedes, Ferrari, Red Bull, McLaren e Williams.

UOL Esporte

Comentários