O Corinthians minimizou o pedido de fechamento do Parque São Jorge, em razão da falta de licença para utilização da área. De acordo com o vice-presidente do clube, André Luiz Oliveira, o Corinthians já começou a regularizar a situação e não há risco de perda da propriedade. A subprefeitura da Mooca cumpre ordem do Ministério Público.
"A prefeitura não está querendo fechar nada, quem está querendo é promotor, o Ministério Público. A prefeitura está na dela, estamos cumprindo as determinações. São 34 itens, já atendemos 29. Faltam cinco que não depende do Corinthians, disse o dirigente à reportagem do UOL Esporte.
Segundo ele, a regularização já ocorre desde a gestão de Mário Gobbi, anterior à de Roberto de Andrade. "Já está sendo feita há algum tempo, mas as pessoas não estavam dando a devida atenção, houve uma lentidão. Agora nós aceleramos, depois de ser acionado pelo Ministério Público", explicou o vice-presidente do clube.
Segundo o jornal O Diário de S. Paulo, a diretoria corintiana recorre na Justiça. Roberto de Andrade, se baseia em uma decisão da Secretaria de Habitação, publicada na semana passada, dando 30 dias para que o Corinthians cumpra cinco itens estabelecidos para a liberação da licença.
O Parque São Jorge, que fica na Rua São Jorge, abriga o estádio Alfredo Schurig, conhecido como Fazendinha, o ginásio onde o clube manda seus jogos no futsal, e também é sede da diretoria.
Sem risco
André ressalta que não existe a possibilidade de o Corinthians perder a área. Segundo ele, a propriedade é privada, com escritura. O clube corre o risco de perder o direito de abrir as portas.
"Não dá para perder, a área é particular, compramos aquilo lá, temos escritura. Estão questionando o alvará de funcionamento e estamos atendendo. Não vejo problema nenhum, não é uma coisa de outro mundo. A prefeitura pede e entendemos. O problema é o funcionamento. Se pegar na cidade de São Paulo, ninguém tem licença definitiva. Por que é só com o Corinthians que tem que ter tudo? Mas nós estamos fazendo", disse.
Prefeitura retomou área usada como estacionamento no Corinthians
Em junho, a Prefeitura recuperou área de 18 mil metros quadrados na entrada da área social do Corinthians. O clube havia fechado o local com muros e grades, utilizando o espaço como estacionamento interno no Parque São Jorge.
A área foi concedida ao Corinthians sem concorrência e gratuitamente ao clube em 1996, na gestão Paulo Maluf. O prazo de cessão era válido até 2095. No entanto, a Prefeitura ajuizou ação de reintegração de posse em 2009, levando o caso à Justiça, e vencendo anos depois.
"A rua é outra história. A rua não é do Corinthians, é pública. O MP pediu de volta. O Parque São Jorge é outra coisa, é funcionamento. Não tem como perder. A rua, sim, foi reintegração de posse", frisou o vice-presidente.
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