O vice-presidente de futebol do São Paulo, Ataíde Gil Guerreiro, se reuniu duas vezes com o meia Jorge Valdivia nos últimos dias. O chileno ainda não recebeu oferta contratual formalizada do São Paulo, mas a proposta salarial é de R$ 350 mil mensais, mesmo valor pago ao atacante Alan Kardec e ao volante Wesley, dupla que também saiu do Palmeiras.
O salário estipulado a Valdivia é aquele que o São Paulo quer estabelecer como teto do elenco em 2016, após as saídas de Rogério Ceni, Luis Fabiano e Alexandre Pato, que recebem os vencimentos mais altos. A oferta são-paulina está no mesmo patamar do que o chileno recebe no último contrato pelo Palmeiras, mas acima da proposta de renovação recusada: R$ 120 mil mensais e mais ganhos por produtividade.
O valor é inferior, porém, à proposta do Al Wahda, clube dos Emirados Árabes Unidos que ainda no fim de junho anunciou a contratação do meia, em transferência sem custos valendo-se do fim do contrato com o Palmeiras. Valdivia assinou com o clube árabe um pré-contrato de dois anos avaliado em 5 milhões de dólares (R$ 17,4 milhões). Mesmo contando as possíveis luvas que seriam oferecidas pelo São Paulo, o contrato do Al Wahda é financeiramente insuperável – o clube árabe diz não admitir a possibilidade de Valdivia assinar com o São Paulo e afirma que espera o meia para sua apresentação em Abu Dhabi no próximo dia 19.
A contratação de Valdivia está longe de ser consenso entre a diretoria do São Paulo. Neste momento a maior parte da cúpula se coloca contrária à chegada do ex-palmeirense ao mesmo tempo que não consegue discutir o tema internamente, uma vez que o presidente Carlos Miguel Aidar e o vice Ataíde Gil Guerreiro não falam sobre o assunto.
Valdivia conversa com o São Paulo e espera a formalização de uma proposta, mas tem aproveitado os últimos dias para resolver pendências de documentação para que possa viajar aos Emirados Árabes.
O São Paulo falou abertamente sobre a possibilidade de contratar Valdivia pela primeira vez nesta quarta-feira (12). Depois de vencer o Figueirense por 2 a 0 em Florianópolis, o técnico Juan Carlos Osorio elogiou o meia, mas não quis falar sobre a negociação. "Eu só falo da parte esportiva. Acho que Jorge é um muito bom jogador. Ele pode jogar em qualquer time no Brasil e inclusive na América do Sul. É da nossa diretoria tentar conseguir Jorge", disse, em entrevista coletiva reproduzida pela ESPN.
A contratação de Valdivia foi um pedido de Juan Carlos Osorio, que acredita que pode fazer o meia jogar o futebol que jogou durante a Copa América, competição na qual vestiu a camisa 10 da seleção chilena e se sagrou campeão sob o comando de Jorge Sampaoli. As partes envolvidas na negociação admitem que há uma pessoa atuando como intermediário no negócio que não Luis Valdivia, pai e representante do jogador.
O contrato de Valdivia com o Palmeiras se encerra na próxima segunda-feira (17). O Al Wahda emitiu comunicado no dia 13 de julho em que afirma que Valdivia assinou um documento no qual firmou a transferência. As negociações entre Palmeiras e Valdivia pela renovação foram breves e marcadas pela falta de diálogo. O alviverde encaminhou a única oferta no dia 26 de março. A oferta não agradou ao chileno, que nem fez contraproposta. O Palmeiras também não aumentou a oferta sobre a mesa.
Ataíde Gil Guerreiro foi procurado pela reportagem, mas não atendeu às tentativas de contato.
UOL Esporte
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