A CPI do Futebol vai investigar as comissões de contratos de patrocínio da CBF. Para isso, a intenção é verificar acordos paralelos aos compromissos de patrocínio da entidade. A questão é que não há certeza sobre a colaboração da confederação que pode resistir a mostrar os documentos.
Durante esta semana, a pedido do senador Romário, a comissão parlamentar requisitou que a CBF mande todos os seus contratos relacionados a patrocínios, que geraram R$ 360 milhões em receitas à entidade em 2014. A reivindicação é abrangente e pode incluir contratos paralelos por comissões. Membros da CPI já têm informação de que é importante ter esses acordos.
Até porque as comissões aumentaram para percentuais entre 15% e 20% desde que José Maria Marin, hoje preso, assumiu a CBF. Antes, na gestão de Ricardo Teixeira, giravam entre 5% e 10%.
O blog apurou, no entanto, que dentro da CBF há questionamentos se é obrigatório que os contratos sejam fornecidos. A entidade pode alegar que os documentos têm cláusulas de confidencialidade. Oficialmente, a entidade não quis se pronunciar.
Dentro da CPI, há um entendimento de que o sigilo não barra a autoridade de investigação já que o presidente da comissão, Romário, teria poder de autoridade judicial. A avaliação é de que a confederação só quer ganhar tempo.
Um exemplo é que, em processo judicial, a CBF tentou impedir que o contrato com a Marfrig se tornasse público. A Justiça recusou e o contrato teve que ser revelado tanto que o blog já fez matéria sobre o assunto. A CPI do Futebol de 2001 teve poder para exigir todos os documentos da entidade, e sigilos bancários.
UOL Esporte
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