(Foto: Clive Mason/Getty Images) |
Um tinha 12 anos, o outro, apenas nove quando Fernando Alonso conquistou seu segundo e, pelo menos por enquanto, último título na Fórmula 1. Mas os dois caçulas da categoria não têm dúvidas na hora de apontar o espanhol como o melhor piloto da atualidade.
Isso, mesmo em um ano que o bicampeão pouco tem conseguido mostrar as qualidades descritas pelos dois jovens e badalados pilotos da Toro Rosso, que fazem sua estreia nesta temporada. Sofrendo com a pouca velocidade e confiabilidade da McLaren, Alonso vive a pior temporada da carreira, com resultados inferiores até que seu primeiro ano na categoria, com a modesta Minardi, e marcou apenas um ponto, tendo abandonado mais da metade (cinco) das oito provas que disputou.
Contudo, mesmo sem vencer desde maio de 2013, Alonso continua sendo uma referência para os mais jovens.
"Eu sempre gostei muito do Alonso", afirmou Max Verstappen, de 17 anos, com exclusividade ao UOL Esporte. "É claro que agora ele está passando por um momento difícil, mas quando ele estava pilotando com um carro que não era capaz de vencer um campeonato, ele sempre conseguiu fazer grandes coisas e obter grandes resultados. Ele é o melhor."
Praticamente uma 'cria' de Alonso, que o apoiou desde o início da carreira, o também espanhol Carlos Sainz, de 20 anos, faz uma longa pausa e reflete antes de responder quem considera o melhor da atualidade. E diz com firmeza: "Fernando Alonso. Sem nenhuma dúvida. Porque ele é o mais completo."
O fato do piloto da McLaren não ter um ponto fraco óbvio em sua pilotagem é o que mais impressiona seus colegas.
"Aprendi com ele que não há nada melhor do que ser um piloto completo", avalia Sainz. "Com Fernando, você sabe que ele vai dar uma volta de classificação perfeita, que vai fazer uma largada perfeita, uma primeira volta perfeita, que ele consegue virar todas as voltas de um GP no mesmo décimo – e ainda pode ser capaz de ir mais rápido na última. Com Fernando Alonso se pode aprender tudo e mais um pouco."
Verstappen, por sua vez, destaca ainda a abordagem do espanhol em relação às corridas. "É difícil dizer o que dá para aprender dele. Diria que esse espírito de nunca desistir, de nunca acreditar que você é rápido o bastante. Você sempre tem que trabalhar muito duro."
Mas como explicar como um piloto considerado tão brilhante até por seus pares pode ter apenas dois campeonatos mundiais e estar sofrendo com um carro pouco competitivo? Para Sainz, isso nada tem a ver com as escolhas de Alonso em sua carreira.
"Acredito que não se pode dizer que, com dois títulos mundiais e três vice-campeonatos com a Ferrari, ele tenha tomado decisões ruins. Simplesmente há vezes em que o mundo não lhe deixa estar no lugar e momento adequados. Acho que ele teve azar, não pôde chegar a esse ponto [em que tudo favorece para a conquista do título] mais vezes."
Alonso, Verstappen, Sainz e companhia voltam às pistas no GP da Hungria, que será realizado dia 26 de julho, em Budapeste.
UOL Esporte
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