Eliminação vai obrigar Inter a rever gastos e planos para o resto do ano

(Foto: Ronaldo Schemidt/AFP)















A queda para o Tigres-MEX não terminou apenas com o sonho do tricampeonato da Copa Libertadores. A eliminação com futebol fraco forçará o Internacional a rever suas contas para o restante de 2015, algo que já havia ocorrido com outros times brasileiros que não chegaram à decisão em anos anteriores. Assim como o planejamento técnico para disputa do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. O rodízio de jogadores deve ter fim e vários atletas podem sair.

O primeiro ponto que muda com o fim da jornada na Libertadores é o financeiro. Sem a chance de ganhar as premiações do título e a grana prevista em um eventual Mundial de Clubes, o Colorado terá de negociar jogadores. Aránguiz deverá ser o primeiro a sair: interessa a Olympique de Marseille, Bayer Leverkusen e Chelsea.

A venda do volante, contudo, não salvará o clube. Uma outra negociação se torna necessária e os candidatos são vários. Alisson, Alan Costa, Rodrigo Dourado, Eduardo Sasha e até Valdívia – artilheiro do time na competição sul-americana. Tudo para tentar controlar o déficit de R$ 49 milhões herdado do ano passado e os atrasos de agora: em premiação, luvas e repasse a fornecedores.

Outra meta do clube é obter receita maior com a sua marca. Um novo contrato de fornecimento esportivo, patrocínio principal turbinado. O sonho era manter a média de público no Beira-Rio, mas os resultados de campo são imperativos para o quesito e a eliminação deverá impactar nesta área. Assim como no quadro social, que chegou perto dos 120 mil torcedores adimplentes. A luta com os números no Beira-Rio passará a ser mais intensa.

No campo, o técnico Diego Aguirre sofrerá cobrança para encerrar o sistema de variação nas escalações. Contra a Ponte Preta, no domingo, o Inter já terá uma pressão inédita no ano. Sem a prioridade para dividir o foco, o time precisará vencer. Pontuar no Brasileirão para chegar perto dos líderes. Por uma vaga à Libertadores de 2016, mas também por conta da premiação maior aos primeiros colocados. A preparação física, que foi criticada ainda durante o Gauchão, voltará a sofrer contestação. O 3 a 1 em Monterrey não terminou só com o sonho do tri, mas com a realidade vivida pelo clube até então.

UOL Esporte

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