(Foto: AP Photo/Gregory Bull)
Quando as jogadoras se alinharam para cantar o hino na final do Pan chamava a atenção a estatura da goleira colombiana Sandra Sepulveda: 1,65m. O futebol feminino, óbvio, tem atletas mais baixas do que o masculino, mas a altura da goleira tornava as bolas aéreas uma arma para o Brasil. Foi com esse trunfo que a seleção chegou ao seu ouro, o tricampeonato na competição continental.
Com a vitória na final diante da Colômbia, por 4 a 0, as mulheres brasileiras garantiram pódio em todos os quatro Pans em que estiveram. Um desempenho bem superior do que o dos times dos homens que não ganha desde 1987.
Foi pelo alto que Formiga abriu o placar ainda no início do jogo ao cabecear sem chance para Sepulveda. Pouco se viu mais de emocionante num primeiro tempo em que o Brasil dominava a bola, mas tinha pouca penetração, enquanto a Colômbia quase não ameaçava.
Mais movimentado foi o segundo tempo. A goleira não era mais Sepulveda, trocada por Paula Forero, mas a estatura no gol colombiano só ganhou 4 centímetros. O Brasil teve mais presença de ataque para ameaça-la.
Maurine mal havia entrado em campo quando foi bater um escanteio. A bola saiu com curva, bem batida, e a goleira saltou errado permitindo que esta passasse por cima dela. Gol olímpico. Podia ter saído outros dois gols em bolas na trave.
O terceiro veio pelo chão com Andressa, uma das melhores em campo, que completou com facilidade para gol vazio. Para fechar o placar, mais uma vez, a baixinha colombiana ajudou: Fabiana chutou de longe e Paula Forero não teve altura para alcançar a bola.
Foi uma demonstração do domínio brasileiro no continente americano quando não há as fortes norte-americanas pela frente. E um consolo para a fraca campanha no Mundial, no mesmo Canadá. Um alento para Olimpíada do Rio-2016 em que também terão adversárias mais fortes pela frente.
UOL Esporte
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