(Foto: Satiro Sodré/Divulgação) |
O superintendente do COB (Comitê Olímpico do Brasil), Marcus Vinicius Freire, rebateu as críticas que equipe nacional masculina de polo aquático recebeu por causa da inclusão de alguns "estrangeiros" na seleção. Alegou que todos os atletas estão legais, e disse que os norte-americanos - os autores das críticas - devem estar preocupados com a vaga olímpica, já que um time mais forte do Brasil poderia prejudicá-los no Pan, que é classificatório para o Rio-2016.
Há seis jogadores da equipe de polo que geram questionamentos porque se naturalizaram ou trocaram de seleção. Entre eles, um sérvio, um croata, um espanhol e um italiano. Além disso, o carioca Felipe Perrone, que defendia a Espanha, e o cubano Ives Gonzales trocaram de seleção pelo Brasil.
Por isso, o técnico Dejan Udovicic, dos Estados Unidos, disse que essa prática era discutível do ponto de vista moral. Seu time foi batido na Liga Mundial pelo Brasil na disputa pelo bronze há um mês.
"Estamos legais. É uma estratégia de cada federação", disse Marcus Vinicius. "No polo, ninguém questionou no congresso técnico. Fomos bronze na Liga Mundial e ficamos mais fortes. EUA podem estar preocupados com a chance de prejudicar a vaga olímpica."
Explica-se: como país-sede, o Brasil tem lugar garantido, nas os outros países disputam uma vaga neste Pan. Só o vencedor ou o vice (se o Brasil ganhar) tem lugar garantido. Assim, se o EUA pegassem o Brasil na semifinal, poderiam ficar fora dos Jogos caso perdessem de novo. Essa possibilidade, no entanto, é difícil, já que a equipe nacional venceu o Canadá e deve passar em primeiro lugar. Desta forma, os EUA devem pegar os canadenses em Toronto.
Cuba ameaçou questionar a utilização de Gonzales. Mas o COB preparou um dossiê em que mostra que ele é casado com uma brasileira e tem até título de eleitor. Além disso, já faz mais de três anos que ele deixou de competir por Cuba. "É a regra da Fina".
Apesar de defender os estrangeiros do Brasil, Freire questionou exageros na naturalização como o time do Qatar de handebol que disputou o Mundial com 10 estrangeiros. "Não compramos atletas. O croata joga em um time nacional. Sabe que tem a vaga olímpica. E foi opção dele".
UOL Esporte
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