Brasil vence com gol de cobertura e faz história após massacres no hóquei

(Foto: EFE/ NESTOR PONCE ORG)

O jogo contra o México, na tarde desta quinta-feira, na Universidade de Toronto, foi histórica para o hóquei sobre grama masculino brasileiro: o time nacional conquistou seus primeiros pontos na história em Jogos Pan-Americanos. A partida terminou com vitória por 1 a 0 e deu à equipe brasileira os três pontos na chave, que tem Canadá, o mais forte, e Chile como outros integrantes. A outra chave tem Estados Unidos, Argentina, Cuba e Trinidad e Tobago.

O único gol do jogo foi marcado por Lucas Paixão, em um belo lance. Após rebote do goleiro mexicano, ele ajeitou a bola com o taco e mandou por cobertura sobre o arqueiro rival para marcar o histórico gol. Depois disso, os mexicanos pressionaram muito, mas não conseguiram a igualdade.

"É uma sensação boa de falar, nossa primeira vitória em segunda participação. É uma sensação muito boa e essa vitória dá tranquilidade pro jogo contra o Chile. Se perdêssemos hoje esse jogo decidiria se ficaríamos em quarto do grupo ou não. E o quarto do grupo pega a Argentina no próximo cruzamento, o que diminuía nossa chance de classificação. Agora podemos até sonhar com uma semifinal", falou o técnico Claudio Rocha após a partida.

"Foi a primeira vitória da gente. O outro jogo foi bem idícil. Do mesmo que o outro jogo contra o Canadá não nos eliminou, esse aqui não nos classificou. Agora temos que trabalhar duro pro jogo contra o Chile", declarou o jogador Matheus Borges.

Na estreia do Pan de 2015, o Brasil levou 9 a 1 do anfitrião Canadá. Antes, em sua única participação, como país-sede, em 2007, levou um show de goleadas em seus cinco jogos, com direito a um histórico 19 a 0 para os argentinos. No total, somando aquelas partidas e a primeira desta edição, os brasileiros têm um histórico de 66 gols levados e apenas dois feitos. O esporte faz parte do programa pan-americano dede 1967, mas os brasileiros só haviam participado como país sede, na edição do Rio de Janeiro.

Apesar de ser sede dos Jogos de 2016, o Brasil não tem vaga certa e depende de uma sexta colocação, imposta pela federação internacional do esporte, para ter o direito de participar. Antes, o time feminino já fora excluído pelo mesmo critério, falta de resultados no nível internacional. Caso fique o time masculino fique de forte, será o único esporte que o Brasil pode não ter nenhum representante em 2016.

O Brasil via o jogo desta quinta e o próximo, contra o Chile, como os dois em que poderia pontuar e tentar ficar na segunda colocação para fugir da fortíssima Argentina nas quartas de final. Caso os brasileiros vençam seu jogo nas quartas, ficarão entre os quatro e conseguirão a vaga para 2016. Em caso de derrota, terão que disputar o quinto e sexto lugar com outros perdedores.

UOL Esporte