Cinco razões que fazem Bellucci ter a melhor chance de ganhar de Nadal

(Foto: EFE/Andy Rain)















Thomaz Bellucci entrou em quadra quatro vezes contra Rafael Nadal e sequer ganhou um set. Por razões óbvias o sorteio de Wimbledon não foi bom para ele, que pega o espanhol logo na primeira rodada. Mas não significa que já é hora de marcar a passagem de volta. O jogo se decide na quadra e elementos mostrando que é possível ser a zebra da rodada na partida marcada para terça-feira, em horário ainda a ser definido.

Desde março Bellucci está em crescimento na temporada. Já o espanhol não conseguiu reencontrar seu melhor desempenho depois das lesões que o afastaram das quadras no segundo semestre de 2014. O momento vivido por ambos é distinto e a quebra da invencibilidade possível. Confira a seguir o motivos desta ser a partida mais acessível para o brasileiro bater o rival.

1) Fase de Nadal
A temporada do espanhol não é digna de um integrante do Big Four. Ele foi derrotado por tenistas que antes dominava, como Fernando Verdasco, Tomas Berdych e duas vezes por Fabio Fognini. Além disso, há uma queda diante de Michael Berrer, jogador sem currículo expressivo. Também não conquistou um título sequer na temporada europeia de saibro, que sempre foi seu ganha pão. Mas pior que a falta de troféus, é o desempenho demonstrado. O backhand foi vulnerável em muitas ocasiões, os golpes curtos permitiram ataques dos rivais e mesmo em vantagem ele deixou alguns jogos escaparem - algo impensável para o homem conhecido como fortaleza mental.

2) Fase de Bellucci
O começo de temporada de Bellucci foi decepcionante com oito derrotas seguidas. Mas parece que ele estava guardando o jogo para usar tudo de uma vez. A partir do Master de Miami, realizado em março, o brasileiro acumula bons resultados. Furou o quali dos torneios da série Master e ganhou de bons jogadores como Mikhail Youzhny, Roberto Bautista Agut e Jeremy Chardy. Também fez partidas duras com Novak Djokovic e Kei Nishikori. A boa forma culminou com o título no ATP 250 de Genebra. 

3 Estabilidade emocional
O brasileiro sempre foi considerado um jogador com golpes capazes de incomodar e num dia bom bater qualquer adversário. Mas os altos e baixos também permitiam dizer que num dia ruim Bellucci podia perder para qualquer adversário. Ele está com 27 anos e parece que com a idade veio maior controle das emoções em quadra. O estilo low profile permanece, mas o aproveitamento nos momentos decisivos melhorou, consequência do melhor julgamento da hora de atacar. Com isto as manchetes tão comuns dele deixando escapar partidas que dominou diminuíram.

4) Treinos pré Wimbledon
A preparação de Nadal para Wimbledon teve título no ATP 250 de Stturgart, torneio sem grandes nomes, e queda na primeira rodada de Queen's. Por fim, ele pediu vaga para uma exibição na semana anterior à estreia. A solicitação demonstra que o espanhol não está no nível que gostaria para o Grand Slam. Justo, porque mesmo quando saiu vencedor na Alemanha apresentou vulnerabilidades e foi beneficiado pela fragilidade dos adversários. Na final, por exemplo, ganhou um ponto de graça de Viktor Troicki que jogou na rede uma bola fácil no meio da quadra que renderia um break-point. Bellucci participou do torneio de Nottingham e estava na frente quando sofreu uma contratura nas costas e caiu na primeira rodada. Para Wimbledon, o brasileiro está recuperado.


5) Aproveitar a quadra
A grama não é a superfície preferida do brasileiro, mas o mesmo vale para o adversário que usa bastante spin e vê a bola ganhar menos altura depois de quicar. Este tipo de quadra também é o mais veloz do circuito, algo que não favorece Nadal. Bellucci é dono de bons golpes da linha de base e sua bola anda muito. Isto facilita buscar winners e num dia bom neutraliza uma tática defensiva bastante usada pelo ex-número um que é jogar bolas altas no meio da quadra.

UOL Esporte

Comentários