(Foto: Divulgação) |
Aos amantes do futebol nacional e internacional, e também aos jornalistas e críticos do esporte, a semana foi movimentada pelo escândalo envolvendo diversos presidentes de federações nacionais, além do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin. O escândalo fez o prédio da CBF, no Rio de Janeiro, perder o nome do ex-comandante.
Em resumo, seis dirigentes da Fifa foram presos na quarta-feira
(26), sob a acusação de corrupção, extorsão e lavagem de dinheiro em contratos
comerciais de torneios da América do Sul e Central, dentre eles Copa do Brasil
e Taça Libertadores. A investigação foi coordenada pela FBI e contou com
auxílio da polícia da Suíça. A Justiça dos EUA informou que os envolvidos podem
pegar até 20 de prisão, e os presos foram extraditados para Zurique até o fim
das investigações.
A história é comprida, envolve algumas empresas que vendiam
direitos de transmissões desses torneios, mas lucravam indevidamente com essas
vendas. Um desses envolvidos é José Hawilla, mais conhecido como
J. Hawilla, dono da Traffic Group, maior agência de marketing esportivo da
América Latina, além de diretor-proprietário da TV Tem, afiliada da Rede Globo.
Suposto esquema que está sendo investigado (Foto: Arte UOL) |
Outro nome envolvido nas investigações é de Nicolás Leóz,
ex-presidente da Conmebol, que exigiu parte dos lucros da Libertadores, e
conseguiu uma mesada e propinas pagas pela Traffic. Os contratos de marketing
tiveram um crescimento de 1998 a 2010, sendo que foram pagos R$ 110 milhões pelos
direitos de nome da competição comprados pela Toyota. Já no contrato seguinte,
foi pago R$ 125 milhões por cinco anos, constatando ou lucro dobrado no novo
contrato firmado.
Outro fato, relatado a pouco pela mídia noticiosa, é a saída
do atual presidente da Fifa, Marco Polo Del Nero, do hotel na Suíça. O dirigente
tomou a medida um dia depois do estouro do escândalo, e a um dia das votações
para o novo presidente da Fifa. André Pita e Mauro Carmélio, presidentes da
Federação Goiana e Cearense, respectivamente, estão em Zurique e são os
possibilitados de representar o Brasil no pleito.
As investigações ainda vão mostrar a grande sujeira
envolvida em todos os lucros firmados por debaixo dos panos. Como podemos
analisar, as lavagens vêm acontecendo desde a década retrasada, mas só agora estamos
vendo o quão grande é o escândalo por trás da Fifa. As investigações envolvendo
nomes como Marin, e possíveis Del Nero e Joseph Blatter, atual presidente da
Fifa, demonstram o tanto se lucrou em favor pessoal nessas competições. E mais:
a justiça dos EUA quer investigar
a copa no Brasil.
O Blog do Esporte
continuará analisando as notícias, e atualizando a página e redes sociais com
mais informações.
Del Nero pode ser apontado em investigação (Foto: Bruno Domingos/Mowa Press) |
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário!