Conmebol admite que vaga na Copa está em risco, mas nega relação com Boca

A Conmebol admitiu, por meio de seu presidente, que a quinta vaga da América do Sul na Copa do Mundo está em risco. Segundo a entidade, no entanto, a ameaça da Fifa não tem relação nenhuma com o caso do Boca Juniors, eliminado da Copa Libertadores por conta do ataque com gás de pimenta aos jogadores do River Plate.

"Não tem de vincular o com tema com o Boca x River se nós perdermos a vaga", disse Juan Angel Napout, presidente da entidade, ao jornal La Nación. "O que nós estamos pedindo é simplesmente jogar futebol, creio que é razoável. A América do Sul só quer jogar, contra o rival que for", disse o dirigente.

Hoje, a América do Sul classifica quatro seleções diretamente para a Copa do Mundo e uma quinta tem direito a brigar por uma vaga na repescagem. A Uefa, com força política, pede mais vagas e entende que o quinto posto disponível para a América do Sul poderia trocar de mãos.

No início da semana, o jornal AS, da Espanha, escreveu que a Conmebol abdicou da quinta vaga na Copa para poupar o Boca de uma sanção mais dura. A "troca" seria referendada no Congresso da Fifa, que ocorrerá em duas semanas. Napout assumiu a culpa caso a confederação perca espaço no caminho para o Mundial da Rússia, em 2018.

"Se perdemos, será por incapacidade do presidente. Não vou culpar outra pessoa. O responsável sou eu. Não vinculem com outra pessoa", disse ele, que ainda negou qualquer interferência da Fifa na decisão sobre o caso do Boca.

"Nunca falaram conosco. É irreal e não está certo. Blatter respeita a independência das confederações. Tampouco fui pressionado politicamente", disse Napout. 

UOL Esporte

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