O tribunal disciplinar da Conmebol se reunirá neste sábado à tarde, em Assunção, para julgar o Boca Juniors pelas agressões aos jogadores do River Plate, nas quartas-de-final da Libertadores. Há uma tendência por punição dura ao time argentino pelo que apurou o blog, mas isso vai depender da defesa do clube. Se a pena for forte, haverá chance de recurso à corte superior.
Pelas regras da Conmebol, a entidade pode impor uma sanção direta ou abrir um procedimento disciplinar que leve o caso para o tribunal. Foi o que aconteceu. Com isso, haverá um colegiado da primeira instância do tribunal independente que decidirá o destino do Boca. A definição sai neste sábado ou no domingo.
Entre as punições possíveis, está a perda do jogo por 3 a 0 prevista no regulamento, o que levaria a eliminação do Boca da competição. Fora isso, o código disciplinar da entidade prevê a possibilidade de exclusão de Libertadores futuras, e fechamento da Bombonera por tempo indeterminado.
Os fatos ocorridos na estádio argentino, com queimadura de atletas do River por gás, são apontados como graves dentro do tribunal pelo que apurou o blog. Só uma defesa que tire a responsabilidade do Boca e seus torcedores nos incidentes pode salvá-lo. Os dirigentes do time argentino tentam juntar provas: há uma perícia que indicou que o gás saiu do campo, e não da arquibancada, segundo jornais argentinos.
A questão é que até a Fifa monitora o episódio e pressiona por rigor. Caso se configure uma punição forte como a eliminação, o Boca poderá pedir um efeito suspensivo para paralisar a sua chave até o final do julgamento, já que o River enfrentaria o Cruzeiro no meio da próxima semana em caso de eliminação.
Neste caso, a tendência é que esse pedido seja julgado de forma célere pela corte de apelações, que também terá de dar a decisão definitiva sobre o caso. Teoricamente, se o clube argentino fosse condenado na primeira instância e ganhasse na segunda, um jogo entre River e Cruzeiro poderia se tornar inócuo.
Só que há uma orientação no tribunal para acelerar todos os procedimentos para impedir essa bizarrice. Tão ruim quando tomar uma decisão errada será causar arranhar ainda mais a imagem da competição com um imbróglio longo.
UOL Esporte
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