O Palmeiras fez um bom começo de 2015: o vice campeonato paulista trouxe confiança à torcida. O início de Brasileirão, entretanto, não é tão positivo: foram dois empates, sendo um em casa, diante do Atlético-MG, e outro contra o Joinville, recém promovido da Série B. Não é motivo para preocupação excessiva, mas o começo, aliado a uma analise da campanha no Paulista, dá alguns alertas e mostra problemas no alviverde.
Mais do que os dois resultados, chamou a atenção o futebol apresentado. Os setores de meio campo e ataque não funcionaram bem; acabou faltando criatividade e finalização. O Palmeiras de 2015 sente falta de um artilheiro. O comando de ataque, ao longo da temporada, foi dividido por Cristaldo, Leandro Pereira e Gabriel Jesus. Juntos, somam nove gols, dois a menos do que os onze marcados pelo santista Ricardo Oliveira no Paulista. Nenhum deles marcou – ou protagonizou jogadas de gol – nos dois jogos pelo Brasileirão.
Apesar do vice paulista, o alviverde é um time que oscila diante dos adversários mais fortes. Na temporada, contra times da Série A, tem duas vitórias, três empates e três derrotas (37,5% de aproveitamento). As duas vitórias, contra São Paulo e Santos, foram incontestáveis, mas vale lembrar que os adversários não terminaram as partidas com 11 jogadores em campo.
Nos confrontos contra rivais de Série A, foram dez gols marcados – apenas um por um centroavante (Leandro Pereira, diante do Santos) e dez sofridos. O alviverde terminou a primeira fase do Paulista como o pior ataque dentre os quatro grandes do estado, com 23 gols.
O Palmeiras também tem alguns problemas entre seus principais assistentes, Robinho e Dudu, com seis passes para gol cada. O primeiro caiu muito de produção com a lesão de Arouca e a entrada de Valdivia e Cleiton Xavier no time: recuado para volante, deixou de ser um dos principais destaques do time. O camisa 7 será julgado nestá segunda pela Justiça Desportiva, e pode pegar até seis meses de suspensão.
A atuação fraca diante do Joinville neste domingo mostra o que o vice-campeonato paulista acabou escondendo por alguns dias: o Palmeiras é um time em formação, que ainda oscila contra os adversários mais fortes e tem alguns problemas a resolver, principalmente no setor ofensivo.
Para encontrar a regularidade, Oswaldo de Oliveira tem opções: pode experimentar um esquema com dois armadores, aproveitando a volta de Cleiton Xavier, abrir mão de um camisa 9 ou dar oportunidade a outros jogadores como Kelvin, que vem entrando bem. Além disso, ainda podem surgir oportunidades no mercado de transferências.
O Palmeiras volta a campo pelo Brasileirão no domingo, quando recebe o Goiás no Allianz Parque. O alviverde não vence uma partida pelo Brasileirão desde o dia 2 de novembro do ano passado, quando bateu o Bahia. Desde então, são oito partidas sem vitória.
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