Eles podem estar dando apenas os primeiros passos na Fórmula 1. Mas têm roubado a cena com um misto de tranquilidade e agressividade. Felipe Nasr foi o destaque da primeira prova, na Austrália, quando foi quinto. Carlos Sainz fez "uma das melhores corridas da vida" na Malásia, fazendo os pneus durarem sob calor intenso para chegar na oitava posição. E Max Verstappen foi o rei das ultrapassagens na China.
O bom preparo para assumir a posição de titular era algo esperado para Nasr, o mais velho dos três, ainda que com apenas 22 anos. O piloto é o estreante melhor classificado, em sétimo no campeonato, com 14 pontos. Mas o próprio brasileiro, que atuou como piloto de testes na Williams ano passado revela certa surpresa com a reação a suas primeiras provas na Fórmula 1. "Querendo ou não a mídia em geral teve uma impressão mais clara (a meu respeito). Tudo isso é positivo, mas não vou mudar meu foco. Tive até agora duas boas corridas e uma difícil, que valeu como aprendizado. Vou levar esse primeiro ano assim, concentrado em terminar as corridas", afirmou no Bahrein, onde se prepara para a quarta prova do ano, com classificação às 12h e corrida no mesmo horário, no domingo.
Mais badalado por ser o estreante mais jovem da história da categoria, com 17 anos, e ser considerado um futuro campeão, Verstappen vem convivendo com o azar nas primeiras provas. Pontuou na Malásia com o sétimo lugar, mas nas outras duas provas teve quebras quando também estava na zona de pontuação.
Porém, já deixou uma boa impressão, a ponto do ex-piloto inglês Martin Brundle o comparar a Ayrton Senna e Michael Schumacher. O holandês, contudo, disse que ainda tem mais a mostrar. "O carro é capaz de chegar nos pontos e estou cada vez mais confortável no carro, mas acho que ainda preciso melhorar minha performance." O piloto vem de uma prova bastante agressiva na China. "Nas primeiras corridas, é normal ser mais cauteloso e tentar terminar, mas decidi na China que começaria a tomar mais riscos e a fazer mais ultrapassagens para marcar mais pontos."
Nada mal para quem sequer possui carta de habilitação e faz apenas seu segundo ano no automobilismo. "Antes da corrida, você se prepara e estuda muita coisa e isso é importante porque, quando alguma coisa acontece na corrida, você já sabe o que fazer", ensina.
Com as atenções em Verstappen na Toro Rosso, Sainz teve mais tranquilidade para trabalhar – e vem aproveitando, tendo pontuado em duas provas até aqui. Só ficou devendo na China, quando cometeu um "erro de principiante", segundo ele próprio. Porém, pelo que se viu até aqui, não é algo que deve se repetir muitas vezes com esse trio.
UOL Esporte
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