Cruzeiro e Atlético-MG disputam 'clássico da polêmica' por vaga na final

(Foto: Atlético MG/Divulgação)














Falou no clássico Cruzeiro e Atlético-MG, o mais importante do Brasil nos últimos dois anos, o torcedor não tem dúvidas: haverá polêmica. Na semifinal do Campeonato Mineiro, os debates foram sobre as datas dos compromissos e a arbitragem. Anteriormente, contudo, distribuição de ingressos e local dos confrontos foram temas que fomentaram as discussões dos dirigentes via imprensa.

Neste domingo, às 16h, no Mineirão, os times comandados por Marcelo Oliveira e Levir Culpi lutam por uma vaga na decisão do Estadual. Com a igualdade por 1 a 1, na semana passada, no estádio Independência, o bicampeão brasileiro necessita de um empate para assegurar a classificação, já que fez melhor campanha que o adversário na primeira fase. O visitante, por sua vez, assegura a ida à final somente com um triunfo.

Mas pouco foi dito a respeito do que as equipes podem produzir às vésperas do clássico. Outros assuntos tomaram o noticiário. Com um jogo na terça-feira, às 20h30, pela Libertadores, o Cruzeiro tentou antecipar o duelo para sábado, o que não foi possível, uma vez que a TV Globo Minas, detentora dos direitos de transmissão do torneio, e a Federação Mineira de Futebol (FMF) se posicionaram de forma contrária.

A revolta do clube foi tanta que até os atletas, apoiados pelo Sindicato de Atletas de Futebol do Estado de Minas Gerais (SAFEMG), entraram com uma ação junto à Justiça do Trabalho para cancelar o jogo, mas em vão.

Na antevéspera do clássico, Marcelo Oliveira fez duras críticas ao calendário, mas tentou focar o que os seus jogadores podem produzir dentro das quatro linhas.

"Isso não acontece somente com o Cruzeiro. Vários outros times estarão jogando estaduais e disputando vaga na Libertadores. Embora não seja o ideal jogar jogos importantes e decisivos num período tão curto, a gente sempre trabalha com a perspectiva do positivo, do melhor. Vamos jogar em casa, diante da torcida, e temos totais condições de avançar nas duas competições", afirmou.

Essa não foi a única reclamação do treinador às vésperas do jogo contra o arquirrival. Ele também queixou-se de uma antiga atuação de Heber Roberto Lopes, árbitro do clássico de domingo.

"Na maioria das vezes aqui fomos envolvidos pelo adversário. E, quando jogamos bem, o Heber Roberto Lopes não deixou. Foi um escândalo. O carrinho do Otamendi foi pênalti, o impedimento. Fomos operados aqui sem anestesia", declarou logo após o jogo no Independência.

Embora o calendário seja menos apertado para o Atlético, o time entra em campo com problemas. Leonardo Silva, suspenso, e Marcos Rocha, lesionado, são peças importantes do esquema do técnico Levir Culpi e estão fora. Apesar dos desfalques, Thiago Ribeiro pode aparecer entre os suplentes.

Diferente do arquirrival, o clube presidido por Daniel Nepomuceno evitou entrar em polêmicas nesta semana. Em sua entrevista coletiva, entretanto, o técnico da equipe não conseguiu fugir do assunto Libertadores, competição na qual tem encontrado dificuldades e corre sérios riscos de ser eliminado.

"A ideia é fazer o melhor. O clássico é um jogo especial, o jogo da torcida, então, a gente tem que estar bem. E, nesse momento, não temos muitos problemas. A ideia é ir com força, procurar a vitória e ficar vivo ainda no Campeonato Mineiro. Quarta-feira é outra história, Libertadores, outro momento, outra situação, e vamos jogar tendo que descontar uma vantagem de dois gols, mas é outra coisa. Infelizmente, estão muito próximos os dois jogos, mas a gente quer o melhor", disse.

"O time tem que estar ligado, é um jogo mais emocional. São ingredientes que só um jogo como esse pode oferecer. Acredito que vai ser um jogo de oportunidades para os dois lados. O único resultado que nos interessa é a vitória. Eles até se interessam pelo empate, mas a gente tem que jogar para vencer", acrescentou.

UOL Esporte

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