Seleção olímpica estreia em 2015 com a missão de salvar Gallo da fritura

Pressionado, Gallo precisa de bons resultados com a seleção olímpica para ter paz (Foto: Jorge Adorno/Reuters)














A seleção olímpica fará, nesta sexta, sua estreia em 2015 contra o Paraguai sub-23 em um amistoso em Cariacica, no Espírito Santo. Embora reúna jogadores de grandes clubes europeus e promessas do futebol brasileiro, a equipe terá no banco o seu maior destaque. Pressionado, o técnico Gallo precisa fazer o time jogar para não correr o risco de perder o comando até as Olimpíadas do ano que vem.

A atenção no treinador, diga-se, não se dá por conta do desempenho da seleção olímpica. Desde que o projeto foi montado, após a Copa de 2014, o time amealhou bons resultados em quase todos os amistosos que fez, ainda que não tenha encarado grandes potências futebolísticas. Hoje, reúne Lucas Silva (Real Madrid), Rafinha (Barcelona), Felipe Anderson (Lazio), Wallace (Monaco) e Wendell (Leverkusen), todos em destaque na Europa.

Só que em todo o resto, Gallo vacilou. Sob seu comando, a sub-17 ficou no modesto terceiro lugar no Sul-Americano da categoria em 2013 e caiu nas quartas no Mundial no mesmo ano. Já a sub-20 fez feio no Sul-Americano deste ano, amargando a quarta colocação.

Os maus resultados derrubaram Gallo da sub-20. Em atrito com Dunga e Gilmar Rinaldi, técnico e coordenador da seleção principal, respectivamente, o técnico teve de se contentar com o comando do time olímpico e ainda viu as comissões técnicas do sub-20 e do sub-15 serem limadas.

No lugar de antigos parceiros de Gallo, entraram amigos de Rinaldi como André Luis Ferreira, novo auxiliar do time olímpico. O treinador também foi forçado a rever alguns conceitos. Se em categorias menores apostou na força física de centroavante grandalhões, agora ele reviu seus conceitos e ensaia um time com Vitinho no ataque para encarar o Paraguai.

Tudo pela reação que pode lhe garantir o emprego. Nos últimos meses, quando o emprego de Gallo esteve em risco, Marin não foi firme ao falar sobre o cargo. Em entrevista ao Sportv, chegou a se recusar a garantir o emprego do treinador até a Olimpíada. De olho na vaga, Dunga tem se mantido distante e nega ligação com o time sub-23.

Os amistosos contra Paraguai e México, este último a ser realizado no domingo, às 17h, no Maranhão, não devem colocar o cargo de Gallo em risco por si só. Podem servir, no entanto, para agravar uma situação que terá seu desfecho no Mundial sub-20, em maio, quando ele terá sua prova final. Se voltar a vacilar no torneio mais importante da categoria, dificilmente resistirá até a Olimpíada de 2016. 

UOL Esporte

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