R. Oliveira cita crise da camisa 9 no Brasil e vê aposentadoria de longe















O atacante Ricardo Oliveira está bastante confiante após suas últimas atuações com a camisa do Santos. O atleta se elogia bastante, cita seu preparo físico e destaca até suas assistências e gols com a camisa santista durante as entrevistas. O atacante de 34 anos diz que aproveita uma possível crise da camisa 9 no futebol brasileiro e, por isso, fala de sua aposentadoria de uma forma bem distante.

"Falam que jogador depois dos 30 já está em decadência. Poucos jogadores conseguem ter um grande desempenho nesta idade. De repente, estamos vivendo uma crise no nosso futebol, de número 9. Fico muito feliz por estar ajudando o time com gols de alguma maneira, correndo, me desmarcando, dando passe para gols. Nos últimos cinco jogos foram cinco assistências e três gols. Eu sempre destaquei que era importante ajudar coletivamente. Nós somos muito exigentes, nossa cultura é assim mesmo. Quando falam de Romário, Adriano, Ronaldo, não tinha como jogar [na seleção brasileira]. Temos grandes jogadores, números 9 no Brasil. Pode ser que estes grandes jogadores não estejam vivendo bons momentos", afirmou Ricardo Oliveira.

O camisa 9 rejeita falar de aposentadoria. Para ele, o jogador que começa a falar em fim de carreira "tira o pé do acelerador". Ricardo Oliveira diz que está apenas preocupado em convencer a diretoria santista a renovar o seu contrato. Isso porque o centroavante assinou um contrato curto com o Santos, com duração até o fim do Campeonato Paulista.

"Nós estamos falando de possibilidades. Não conversamos sobre a renovação. Sobre aposentadoria, não passa pela minha cabeça. Quando fala em aposentadoria, você acaba tirando o pé do acelerador. Eu jamais vou fazer isso. Quando chegar o momento, o corpo cansa. Eu acho que isso vai acontecer naturalmente. Eu preciso primeiro ter alguma ideia ou posição para saber se realmente vamos permanecer aqui, se o Santos vai optar por renovar o meu contrato. O que eu não quero perder agora é o foco, o objetivo. As coisas estão dando certo para mim", disse.

O UOL Esporte revelou no início deste ano que o atacante Ricardo Oliveira, que foi contratado para substituir Leandro Damião, emprestado ao Cruzeiro, recebe R$ 40 mil por mês de salário.

O valor é equivalente a 6% do que recebia Damião na Vila Belmiro. O atual camisa 9 do Cruzeiro custava ao Santos R$ 700 mil mensais – R$ 650 mil de salário e mais R$ 50 mil de auxílio-moradia.

O presidente Modesto Roma e companhia adotaram uma nova política salarial ao clube para amenizar a crise financeira do clube, que ainda deve quatro meses de direitos de imagem aos jogadores.

Além de Ricardo Oliveira, o meia Elano também assinou um contrato curto e com salário baixo se tratando de um clube de primeira divisão do Brasil. O meia, por ter mais história no clube, recebe R$ 60 mil por mês, ordenado bem diferente de sua segunda passagem no Santos, quando ganhava R$ 350 mil.

UOL Esporte

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