Ponto de Opinião: Uma crise motivadora e incalculável

Começo esse texto já com um título bem sugestivo. As portas das Olimpíadas do Rio de Janeiro, os atletas brasileiros resolveram de vez escancarar a crise do esporte no País. O grande “golpe” da vez é as mudanças drásticas que estão ocorrendo no futsal, que já consagrou jogadores como Falcão.

Começamos essa encruzilhada há muito tempo, quando o futebol brasileiro já não expressava tanto perigo as novas potências como Alemanha e Holanda. Fizemos de 2014 o maior fiasco (a copa de 50 foi nanica perto do 7 a 1) na história das copas para o País. E tem gente querendo defender os “arregões”. 

Tivemos também a crise na Ginástica Artística, que mobilizou atletas como Diego Hypólito e Arthur Zanetti, a modificar a imagem da modalidade no Brasil. Medalhas importantes foram chegando, mas ninguém assumiu a culpa da desordem. Ficamos no mais do mesmo. 

Partimos então para o pressuposto que histórias como o pouco investimento feito no basquete e a nova crise instaurada no futsal é pouco em um País onde o futebol, mesmo depois do fiasco, continua como maior potência. Os investimentos são poucos, a estrutura é precária, mas as políticas públicas são falhas e viram meros detalhes em toda a desordem. 

O futsal vem para mostrar que o Brasil precisa melhor (e muito) na questão do incentivo ao esporte. Passamos do momento de ver verbas na mão de poucos e outros passando por necessidade. Não podemos trazer um evento na magnitude das Olimpíadas sendo que o próprio País não tem nada em mãos para melhorar as modalidades. Chega a ser ridículo algo assim no desenvolvimento que estamos.

Como eu digo e repito sempre: ainda não aprendemos a tirar proveito do 7 a 1. E pelo jeito, nunca vamos aprender. 

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