'Nova Fiorentina'? Guarani deve como grande, fatura como pequeno e pode 'acabar'
















O Guarani - ao menos como se conhece - pode acabar e virar uma 'nova Fiorentina'. A afirmação poderia ser feita com base na crise profunda que o clube atravessa há vários anos. Mas ela é respaldada pela juíza Ana Claudia Torres Vianna, responsável pela consolidação dos processos trabalhistas dos campeões brasileiros de 1978 na Justiça.

Na Série C do Brasileiro e brigando na segunda divisão estadual, o Bugre é hoje um time que deve como grande e fatura como pequeno.

De acordo com relatório da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, a equipe carregava até fevereiro uma dívida de R$ 101,960 milhões com a União.

Para se ter uma ideia, é mais do que Santos (R$ 66,387 milhões) e Grêmio (R$ 40,964 milhões), que também se encontram em situação complicada com seus cofres e foram obrigados a fazer cortes, devem hoje para o governo federal.

Em 2013, ano de seu último balanço financeiro, o Guarani faturou apenas R$ 16,423 milhões, equivalente a apenas 16% de seu débito.

Não por acaso, não está descartado que o clube, que tenta vender o seu estádio Brinco de Ouro em leilão, tenha de fechar as portas e renascer com outra marca, em processo semelhante ao acompanhado com outros times tradicionais no futebol europeu.

Esse foi, inclusive, um dos caminhos apontados pela juíza Ana Claudia Vianna caso a sua diretoria não encontre alternativas para saldar as suas dívidas com o seu próprio patrimônio.

Ela recorreu ao exemplo da Fiorentina, equipe popular da Série A italiana que fechou as portas em 2002, após crise econômica - dívidas de 22 milhões de euros, que o fizeram decreta falência. O time de Florença foi rebaixado, renasceu com outro nome e precisou subir até a elite novamente em campo. Hoje, se encontra em situação estável. Pode ser o caminho adotado pelo Guarani.

Está marcado para o próximo dia 30 de março uma audiência entre o clube, representantes da prefeitura de Campinas e os três grupos que fizeram ofertas em leilão do Brinco de Ouro (pólo liderado pela Gold Business, Lances Negócios Imobiliários e MMG Consultoria & Assessoria Empresarial).

O Guarani ocupa a sétima posição na segundona paulista, com 19 pontos. Somente os quatro primeiros sobem para a elite.

ESPN

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