Felipe Massa reclamou dos motores que a Mercedes vem fornecendo à Williams, lançando a suspeita de que a equipe de fábrica está sendo beneficiada. Porém, o brasileiro não ganhou apoio dentro de sua equipe.
O diretor técnico, Pat Symonds, se disse satisfeito com a relação com os alemães e explicou que as diferenças entre os motores que a Mercedes usa e os que são fornecidos à equipe são mínimas.
"Como toda a parte de hardware tem de ser a mesma, a base do mapeamento do motor será muito parecida", explicou o engenheiro em entrevista à ESPN. "Pode haver uma configuração individual que fazemos para nossos carros, mas estou muito feliz com a maneira como trabalhamos com eles."
Após chegar em quarto lugar, a mais de 38s do vencedor, Lewis Hamilton, da Mercedes, no GP da Austrália, Massa levantou a suspeita de que há diferenças entre os motores – e pediu que os alemães mudassem de postura para ajudar a Williams na luta com a Ferrari, que demonstrou evolução e chegou em terceiro, com Sebastian Vettel.
"Estamos forçando bastante em termos de motor, o qual eu tenho certeza que tem algumas melhorias que podemos ter e estamos forçando para ter, porque a diferença é muito grande. Então eu realmente espero que tenhamos o mesmo motor, o que não vejo por que não temos."
Esse tipo de desconfiança já havia sido levantada por Ron Dennis, CEO da McLaren. O dirigente afirmou que, na Fórmula 1 atual, tão dependente dos motores, a desvantagem de ser uma equipe cliente, e não a principal ou de fábrica, é muito grande. Segundo o inglês, é impossível uma equipe cliente ser campeã, argumento usado para justificar a aposta da McLaren pela Honda neste ano.
Dennis, contudo, foi ironizado por Symonds. "Quando ele era a equipe principal da Mercedes ele foi batido pela Brawn [que também usava os motores alemães, mas como cliente, em 2009], não foi? Talvez seja apenas difícil para ele vencer. Assim como está difícil para ele encontrar patrocinadores majoritários."
UOL Esporte
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário!