Sete chaves para a vitória. Veja por que Corinthians atropelou São Paulo














Por mais que o Corinthians tenha demonstrado mais vontade de vencer e merecido o placar de 2 a 0, há muitas razões que ajudam a explicar a atuação muito superior ao São Paulo no clássico da noite de quarta-feira, no Itaquerão.

O duelo era histórico, representava uma rivalidade marcante que, enfim, chegou à Copa Libertadores. Mas os dois times, em si, se apresentaram muito diferentes. O Corinthians em ritmo forte de competição ainda em fevereiro, estratégia definida, variações e à vontade em sua casa. O São Paulo, com mistério na escalação, alternativas pouco utilizadas e muita lentidão.

Abaixo, veja esses e outros detalhes que juntos determinaram a vitória do Corinthians. E que, mesmo com um gol de jogada irregular, foi pouco contestada pelo São Paulo.

Compactação corintiana
A linha defensiva do Corinthians próxima ao meio e este setor recheado de jogadores limitou muito a ação do São Paulo, que não conseguiu jogar com profundidade. Em nenhum momento a equipe visitante foi capaz de acuar os corintianos e a posse são-paulina ficou sempre entre as intermediárias. "É como um xadrez, não pode errar. Talvez tenha sido taticamente a nossa melhor partida", disse Renato Augusto.

Falta de mobilidade do São Paulo
Jogador mais rápido da equipe, Michel Bastos foi escalado na lateral porque Muricy apostou em uma partida mais cadenciada. No fim, sobraram passes – quase 200 a mais que o Corinthians – e faltou velocidade do meio para frente. PH Ganso não se encontrou, Maicon ficou muito preso em seu setor e Souza se desdobrou para acompanhar Fagner. "Acho que hoje eu posso dar mais em outra posição", disse Michel.

Defesa tricolor sem entrosamento
Depois do jogo, Maicon admitiu que o primeiro gol corintiano foi um erro completo da defesa são-paulina. No lance, Danilo sai até o meio acompanhado por um zagueiro e Elias se infiltra no espaço vazio. Foi o primeiro jogo de Michel Bastos, no ano, como lateral. E a segunda partida de Dória, que no fim de semana jogou em outro sistema tático.

Movimentação de Danilo
Escalado na função de Guerrero, Danilo abriu espaços de maneira inteligente. É verdade que em alguns momentos faltava um corintiano na área, mas a equipe de Tite soube se infiltrar nos espaços vazios com Jadson, Fagner, Emerson e Elias. O São Paulo, apesar de três volantes para congestionar o meio, não conseguiu fechar os espaços criados por Danilo.

Irritação são-paulina
Quando as coisas não funcionam em campo, cresce a irritação dos jogadores. Com o São Paulo, essa máxima se repetiu. Na saída para o intervalo, Maicon estava nervoso por ter sido questionado se deveria marcar Elias, que na volta levou cotovelada de Denílson. Com o erro da arbitragem no segundo gol corintiano, os são-paulinos ficaram transtornados, cercaram o árbitro, e não tiveram ânimo algum nos 20 minutos finais. Ainda por conta do lance, Michel Bastos reclamou duro com o colega Bruno, que sofreu a falta de Sheik. Até mesmo Rogério Ceni perdeu a linha com um gandula, por uma suposta demora na reposição de bolas em alguns momentos. 

Ritmos diferentes
Para o São Paulo, foi a estreia, mas para o Corinthians já era o terceiro jogo pela Copa Libertadores. Tudo isso depois de uma pré-temporada marcada por jogos duros contra times alemães. As duas equipes sentiram a partida de maneiras diferentes e os são-paulinos entraram desligados em campo. Tite, na véspera, havia admitido que começar 2015 com pressão, no fim das contas, trouxe efeitos positivos. 

Gramado escorregadio
Os corintianos já estão adaptados e se aproveitam do campo que permite um jogo mais rápido, mas os visitantes sentiram dificuldade no gramado e proporcionaram uma série de escorregões. Em um raro avanço com espaço pela direita, por exemplo, o lateral são-paulino Bruno acabou no chão. O fato foi apontado por Rogério Ceni após a partida. "O estádio é bacana, mas o gramado estava escorregadio. Todo mundo levou bastante tombo".

UOL Esporte

Comentários