Em noite de Rogério Ceni, Santos e São Paulo empatam sem gols na Vila



















A noite na Vila Belmiro foi dos goleiros, ou, mais especificamente, de Rogério Ceni. Vanderlei fez boas defesas, mas o capitão são-paulino foi o nome do clássico entre Santos e São Paulo, que terminou empatado em 0 a 0 na Vila Belmiro, na noite desta quarta-feira.

O placar não refletiu um jogo franco, nos quais os dois times procuraram o ataque. No primeiro tempo, o goleiro santista apareceu bem, mas acabou ofuscado pelo rival são-paulino, que brilhou muito e evitou uma derrota na segunda etapa.

O resultado mantém o São Paulo na liderança do Grupo 1, mas sem os 100% de aproveitamento: vai a dez pontos. O alvinegro da Baixada também está folgado na ponta de seu grupo, o 4, com oito pontos.

Fases do jogo: O São Paulo começou melhor a partida, mantendo a posse de bola e atacando mais do que o Santos. Vanderlei teve trabalho pela primeira vez aos nove minutos, espalmando uma bomba de Michel Bastos de fora da área.

O goleiro santista fez outro milagre pouco depois, em chute de Luis Fabiano, mas a bandeira já estava levantada marcando impedimento do camisa 9. No finalzinho da primeira etapa, outra defesaça, se esticando para impedir o gol de Ganso, em outra bela finalização de longe.

Da metade do primeiro tempo em diante, o Santos melhorou e criou mais chances. Assim como Vanderlei, porém, Rogério também brilhou: foram três grandes defesas. A mais impressionante, em chute cruzado de Geuvânio, que entortou Reinaldo e Lucão. Robinho também parou nas mãos do goleiro, que apareceu ainda em cobrança de falta de Chiquinho.

No intervalo, o placar de 0 a 0 não refletia o jogo, que foi repleto de chances para ambos os lados. Mérito dos goleiros.

A segunda etapa começou da mesma maneira: com defesa de Rogério Ceni, em cabeçada de Ricardo Oliveira. Aos seis minutos, outra vez: Geuvânio bateu para mais uma intervenção do goleiro são-paulino.

Para tentar recuperar o espaço perdido em campo, Muricy lançou mão de Pato. O time melhorou: o camisa 11 perdeu uma boa chance, batendo por cima do gol de Vanderlei. Aos poucos, o São Paulo voltou a equilibrar o jogo.

A melhor chance, porém, foi do alvinegro: Ceni, outra vez ele, fez uma defesaça em finalização de Marquinhos Gabriel. No rebote, Renato ainda tentou outra vez, mas também parou no goleiro, melhor em campo.

O pior: Lucão (São Paulo). O jovem zagueiro destoou do restante da defesa são-paulina, sendo driblado com facilidade por Geuvânio e Robinho. Precisa agradecer a Rogério Ceni, que evitou o gol.

Toque dos técnicos: Muricy Ramalho manteve o esquema tático que vem utilizando, mas apostou na entrada do jovem Ewandro, que fez dupla de ataque com Luis Fabiano. O atacante teve boa atuação: Ganso e Michel Bastos criaram oportunidades, mas o time caiu muito de produção ainda no fim do primeiro tempo. O Santos também não inovou na forma de jogar, mas teve o retorno de Robinho promovido por Enderson Moreira. Em um jogo franco, deu vários sustos no São Paulo, mas parou em Rogério Ceni.

Para lembrar:

Obsessão. Era clássico, mas a torcida do São Paulo não quis nem saber: gritou "é quarta-feira" durante a maior parte do jogo, em referência ao confronto da próxima quarta, contra o Corinthians, pela Libertadores.

Mágoa. A torcida santista, por sua vez, pegou no pé de Ganso. Cantou músicas lembrando Pelé, e gritou mercenário para o meia.

Não viu. Denilson derrubou Ricardo Oliveira dentro da área, mas o árbitro Leandro Bizzio Marinho não marcou o pênalti.

UOL Esporte

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