Oscar fez história no basquete brasileiro e mundial vestindo a camisa 14. Quando deixou a seleção brasileira em 1996 após os Jogos Olímpico de Atlanta (EUA) apontou um herdeiro. Tratava-se de Rogério Klafke, ala que à época tinha apenas 25 anos. O gaúcho não apenas virou uma das referências da equipe nacional em um período de transição, como também herdou o número do Mão Santa.
Nos anos seguintes à despedida de Oscar do time nacional, Rogério foi destaque, mas nunca conseguiu ter o mesmo status do "mestre", apesar de também ser um exímio arremessador de longa distância. Sua maior glória com a camisa verde e amarela foi a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1999.
"Passei um tempo com o Oscar na seleção e tive um aprendizado muito grande. Ver a mentalidade vencedora dele, como encarava os treinos no dia a dia, foi importante para me motivar. Ele ajudou bastante em minha formação", disse Rogério em entrevista ao UOL Esporte.
Em 2013, após atuar duas décadas como profissional e conquistar cinco títulos nacionais e inúmeros estaduais, resolveu se aposentar. Aos 42 anos, teve como última equipe o Basquete Cearense, agremiação que disputa o NBB. Mas o fim da carreira não significou o afastamento do basquete. Pelo contrário, a modalidade ainda se faz presente na sua vida.
Hoje perto de completar 44 anos de idade, Rogério já não tem o mesmo pique antes, nem mantém a mesma rotina. Porém ainda leva o basquete a sério. Neste domingo, por exemplo, disputará no Rio de Janeiro o Mundialito 3x3. Será um dos representantes do time brasileiro, que enfrentará rivais dos Estados Unidos e da Sérvia. A competição tem a chancela da FIBA (Federação Internacional de Basquete), que tem como objetivo tornar a modalidade olímpica já em 2020.
"O basquete sempre foi a minha paixão e adoro jogar para me manter em exercício. Recebi o convite da CBB (Confederação Brasileira de Basquete) para disputar o torneio e aceitei. É sempre um prazer. Gosto bastante do 3x3 e é legal ver que é uma modalidade que está crescendo e tem chances de se tornar olímpica. Fico feliz de fazer parte deste momento de popularização. Mas não tenho esta ambição de jogar uma Olimpíada em 2020. Jogo mais por diversão", afirmou o jogador, que no ano passado fez parte da equipe brasileira na conquista do título da Copa América, também no Rio.
Apesar de ainda gostar de se manter em atividade, seja batendo bolas com os amigos ou participando de competições oficiais, Rogério não tem o desejo de retomar a carreira. A decisão da aposentadoria foi definitiva. Hoje, seu principal foco de atuação é a área empresarial. Ao lado da esposa, administra uma clínica de estética em sua cidade natal, Santa Cruz do Sul (RS), localizada a cerca de 150km de Porto Alegre.
"Sou um faz-tudo, mas cuido principalmente da parte administrativa. Não opero aparelhos porque não tenho esta função", afirmou o veterano.
Rogério afirmou que gostaria de montar um time de basquete no município onde nasceu, mas afirmou que as dificuldades encontradas são grandes.
"Minha vida toda foi dedicada ao basquete e tudo o que ganhei foi em função dele. Eu me sinto na missão de poder retribuir isso. Venho fazendo contatos para montar equipe competitiva no Rio Grande do Sul, que é uma praça excelente, mas estamos com dificuldades de encontrar apoiadores", disse.
UOL Esporte
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