Brasil empata por 0 a 0 e acusa Uruguai de racismo

Brasil empatou por 0 a 0 com o Uruguai pela primeira rodada do Sul-Americano Sub-20 em jogo que foi marcado por um episódio de racismo.

Em entrevista ao Sportv, o meia Marcos Guilherme acusou o meia Facundo Castro de racismo. "Cinco vezes o cara me chamou de macaco. Isso não pode acontecer, se não tomarem uma atitude isso não vai parar nunca", disse.

O jogador ainda afirmou que irá a uma delegacia denunciar o caso. "Ele nem tampou a boca, dá para ver nas imagens. É lamentável. Nunca esperava passar por isso", completou.

Com a bola rolando, para superar a melhor defesa do torneio, os uruguaios só sofreram dois gols em cinco jogos, a seleção brasileira entrou em campo com quatro atacantes de ofício - Kenedy, Gabriel, Yuri Mamute e Thalles - mas nem isso foi suficiente para balançar as redes celestes.

Apesar do esquema ousado, o Brasil mostrou maturidade. No jogo da primeira fase o time caiu na catimba do Uruguai e perdeu por 2 a 0. Desta vez a equipe do técnico Alexandre Gallo anulou as principais armas da Celeste Olímpica, mas esbarrou em uma segura atuação do goleiro Guruceaga

Fases do jogo: No primeiro tempo, o Brasil conseguiu as jogadas mais perigosas, quase sempre na força física, personificada no atacante Yuri Mamute: logo aos 6 minutos ele rouba uma bola no campo de ataque e chuta forte para fora. Aos 27 minutos, ele arrancou e largou a bola para Thalles, na entrada da área, driblar e chutar forte para boa defesa do goleiro Guruceaga.


Se o Brasil teve os lances mais perigosos, o Uruguai ficou mais com a posse de bola no campo de ataque, mas só criou perigo de gol em lances de bola parada. A oportunidade mais clara surgiu aos 36 minutos, quando Caju falhou na marcação e Arambarri, livre, não conseguiu cabecear.

No começo do segundo tempo, Mamute arrancou driblando pela ponta esquerda logo aos 4 minutos, e só não fez um golaço por conta de boa defesa de Guruceaga.

O goleiro uruguaio também interveio bem aos 15 minutos, em um chute colocado de Marcos Guilherme - que havia acabado de entrar, aos 17, em um chute de Yuri Mamute, e aos 19, em nova tentativa de Marcos Guilherme de fora da área.

O Uruguai só foi assustar aos 21 minutos, e montou uma blitz. Primeiro Castro fez boa jogada pela direita e cruzou para Rodrigo Amaral, que, livre,  não chegou a tempo na bola. Na sequência, Amaral tentou um chute de fora da área, que passou muito perto da trave Aos 25, Castro apareceu dentro da pequena área, nas costas de Caju e chutou forte para excelente defesa do goleiro Marcos.

No final da partida, o Brasil começou a abusar de lances duros e acabou com duas expulsões: o técnico Alexandre Gallo levou vermelho por reclamação e o volante Walace levou o segundo amarelo já nos acréscimos da partida.

O melhor: Yuri Mamute - O atacante brasileiro atuou aberto pelo lado esquerdo do campo e foi responsável pelas principais jogadas de ataque do Brasil. Com muita força física, ele levou vantagem principalmente nos lances de velocidade, que resultaram em assistências precisas ou chutes potentes.

O pior: Caju - As três chances mais claras do Uruguai no jogo nasceram nas costas do lateral do Santos. Nas duas primeiras os atacantes - Arambarri e Rodrigo Amaral - não chegaram a tempo de finalizar e na terceira, ele contou com uma excelente intervenção do goleiro Marcos. Ofensivamente, foi discreto.

Toque dos técnicos: Quinto jogo, quinta escalação diferente do Brasil de Gallo. Desta vez, o treinador armou um esquema com quatro atacantes de ofício, com Kenedy (direita), Yuri Mamute (esquerda) inicialmente abertos pelos lados do campo, Gabriel e Thalles mais centralizados.

Além disso, Gallo optou por impor no jogo na base da potência física. Por exemplo: o lateral direito Auro (1,68m) perdeu sua posição João Pedro (1,79m), o volante Gérson (1,76m) saiu para entrada de Walace (1,88m) e Malcom (1,71m) cedeu sua posição no ataque para Kenedy (1,82m).

As mudanças surtiram efeito: o Brasil conseguiu anular as principais armas ofensivas do Uruguai com a bola rolando e equilibrou o jogo na bola parada.

UOL Esporte

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