Acertado com o São Paulo, Wesley não foi visto nos treinos do Palmeiras na Academia de Futebol nesta semana. Com contrato até o final de fevereiro – depois se transfere para o rival – o volante foi convocado para treinar separado do elenco, junto com outros atletas que não serão aproveitados, mas, ao contrário destes, não está participando dos trabalhos. As explicações são conflitantes.
Pessoas de dentro do Palmeiras dizem que Wesley pediu dispensa dos treinamentos por alguns dias, alegando problemas pessoais. Já pessoas próximas do atleta dizem que ele não fez esse pedido – irá se apresentar depois dos demais jogadores atendendo a uma determinação da própria diretoria.
Em contato com a reportagem, o empresário do jogador, Hugo Garcia, foi sucinto ao comentar a situação. "Ele foi liberado pela diretoria e se apresenta na terça-feira que vem", disse Garcia, que nega que Wesley tenha pedido a liberação.
Na terça, dia da apresentação de Wesley, estarão no CT apenas os jogadores que não serão aproveitados. O restante do elenco viaja na segunda-feira à noite para Itu, onde segue realizando a pré-temporada. Com isso, o volante não terá contato com os titulares, dirigentes e comissão técnica.
A transferência para o Morumbi é mais um capítulo nas rusgas entre os presidentes Paulo Nobre, do alviverde, e Carlos Miguel Aidar, do tricolor. A briga começou quando o São Paulo contratou Alan Kardec, do rival. Pouco depois, acertou com Wesley, que não vai mais renovar com o Palmeiras.
Conselheiros alviverdes próximos de Nobre dizem que, como era de se esperar, o mandatário não digeriu bem a atitude do volante. Por isso e pela briga com o rival, o Palmeiras não pretende liberá-lo antes do dia 27 de fevereiro, quando termina o contrato. Com isso, o São Paulo não poderia contar com o jogador na primeira fase da Libertadores. A alternativa para mudar esse quadro seria uma vantajosa proposta financeira feita por Aidar, algo que não deve ocorrer.
Contratado pelo ex-presidente Arnaldo Tirone junto ao Werder Bremen, da Alemanha, Wesley ainda gerou uma dívida de R$ 21 milhões para o Palmeiras. A quantia acordada pela sua transferência não foi paga: a conta ficou com o presidente do Criciúma, Antenor Angeloni, fiador do negócio. Agora, Angeloni cobra ressarcimento na Justiça.
UOL Esporte
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