Com um buraco nas contas neste ano, o Corinthians fechou um orçamento apertado para 2015 com baixo valor para contratações e a previsão de venda de R$ 38 milhões em jogadores. Os números foram aprovados na segunda-feira em reunião entre conselheiros. Haverá redução no investimento, mas continua a gastança com a folha salarial.
Até outubro deste ano o clube alvinegro tem um déficit operacional que já atingiu R$ 60 milhões, segundo o balancete. Há três explicações: as receitas abaixo do esperado e gastos muito acima do previsto com contratações e salários de jogadores. Para se ter ideia, foi investido R$ 38 milhões em atletas, o quádruplo do orçado.
A verdade é que a diretoria do futebol contratou atletas sem sequer consultar o financeiro para saber se havia caixa suficiente. Negociações durante 2014 foram feitas sem nenhum respeito ao orçamento, segundo apurou o blog.
A consequência será sentida no próximo ano. Apesar das especulações do candidato de situação Roberto Andrade, só estão previstos R$ 10 milhões para contratações de jogadores, um valor que sequer dá para pagar as luvas pedidas por Paolo Guerrero para renovar o seu contrato.
Em compensação, há necessidade de vender atletas: são R$ 38 milhões de receitas estimadas com esse item. Para isso, o clube terá de repetir o desempenho deste ano em que negociou R$ 40 milhões em jogadores até agora. O problema é que jovens como Malcom tem apenas uma pequena parte de seus direitos pertencentes ao alvinegro.
No geral, o orçamento tem um a receita bruta de R$ 234 milhões, bem inferior ao previsto pelo São Paulo (R$ 284 milhões) e o Flamengo (R$ 360 milhões). O Corinthians costuma, de fato, fazer uma estimativa mais conservadora, e esta é similar a de 2014. O problema é que o clube não deve atingir nem a renda reduzida prevista para este ano, pois ganhou apenas R$ 176 milhões até outubro.
Uma das principais questões é a falta de renda de bilheteria que ficará com o fundo para pagar o Itaquerão. Apesar de todos esses buracos, o Corinthians prevê um aumento, abaixo da inflação, para seus gastos com salários, mas um expressivo salto das despesas com direitos de imagem de jogadores. O valor orçado em 2014 era R$ 21 milhões e passará para R$ 30 milhões no próximo ano.
Em resumo, não dá para o torcedor sonhar com uma Libertadores com o time recheado de jogadores. O técnico Tite terá dificuldade de contar com reforços a não ser que os dirigentes resolvam gastar o que não tem, de novo, como na última temporada.
UOL Esporte
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