A relação de Damião e seu estafe com o Santos não é das melhores: por um lado o atacante ainda não justificou em campo o enorme investimento de R$ 42 milhões na sua contratação, por outro, seu empresário, Vinicius Prates, está processando o clube. Prates alega que não recebeu R$ 2,3 milhões de comissão à qual tinha direito pela transferência. Há também atrasos em direito de imagem.
O agente acionou a Justiça há cerca de um mês, no dia 29 de outubro. À sua petição, anexou o contrato de comissão por intermediação do negócio. Lá estava previsto o pagamento de R$ 3 milhões, em seis parcelas de R$ 500 mil. Destas, alega Prates, apenas duas foram pagas, resultando nos R$ 2,3 milhões, já contabilizados com os juros.
O processo também contém diversos e-mails enviados pela empresa do agente ao departamento financeiro do Santos, cobrando os pagamentos. Eles começam em junho e se arrastam até o final de setembro, quando o advogado da empresa afirma que, diante da "imensa dificuldade nos contatos", irá recorrer à Justiça.
Nas mesmas trocas de e-mails o estafe do atacante também cobra, várias vezes, atrasos nos direitos de imagem de Leandro Damião. No dia 19 de setembro, segundo as conversas, eles chegaram a três meses, totalizando cerca de R$ 1 milhão.
Em decisão, o juiz responsável pelo caso, Dario Gayoso Júnior, notificou o Santos para que pague a dívida em três dias. O clube pode recorrer e contestar a cobrança – a Justiça, porém, procederá à avaliação de bens para penhora.
O UOL Esporte procurou a assessoria de imprensa do Santos por e-mail e por telefone, mas não teve resposta até a publicação dessa reportagem.
Com a camisa alvinegra, Damião marcou nove gols em 42 partidas em 2014 – média de 0,21 gol/jogo. Nas últimas sete vezes em que esteve no gramado, foi titular apenas duas, e não balançou as redes. No Brasileirão, marcou quatro gols.
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