Medina poderá ser campeão mundial de surfe em Portugal. Saiba como torcer















Líder do ranking mundial de surfe, o brasileiro Gabriel Medina disputa a partir deste domingo a etapa de Peniche (POR) do WCT com grandes chances de conquistar um título inédito para o país. Atualmente, ele possui 6.500 pontos de vantagem sobre Kelly Slater, quem aparece com mais chances de desbancá-lo. O campeão de cada etapa garante 10 mil.

Medina chega em situação até certo ponto confortável à cidade portuguesa. São inúmeras as combinações de resultados que podem fazer com que escreva seu nome na história. Até mesmo se for eliminado logo em sua primeira bateria, um resultado bastante improvável, ele poderá garantir o título.

Se vencer a etapa, Medina já vai assegurar a conquista. Caso chegue à final, só não poderá ser derrotado por Slater, que já conquistou o título mundial 11 vezes. Com uma queda na semifinal, Slater ou Mick Fanning (que aparece no terceiro lugar do ranking) não podem faturar o estágio.

Porém, ainda que tudo dê errado para Medina em Peniche, ele terá a chance de faturar a coroa em Pipeline, no Havaí, entre os dias 8 e 20 de dezembro.

Como torcer no surfe não é uma das tarefas mais simples, o UOL Esporte preparou um guia para ajudar a entender um pouco mais da modalidade.

Guia para o título inédito

Paciência é fundamental
Acompanhar um torneio de surfe não e tarefa das mais fáceis. Em Peniche, a janela de competição vai de domingo (12) até 23 de outubro. Dependendo das condições do mar, é possível que em vários dias ninguém vá ao mar. As baterias também não são rápidas, Em alguns estágios demoram até 35 minutos, dependendo como estiverem as ondas. Isso sem contar o número de fases. São sete até chegar à decisão.

Torcida por manobras radicais
Se conseguir pegar tubos e dar aéreos, Medina terá grandes chances de arrancar uma nota alta dos árbitros. "Quanto mais radical for a manobra e quanto mais o surfista conseguir pegar a melhor parte da onda, a parte crítica, maiores são as chances de impressionar os juízes", explica Sérgio Gadelha, árbitro brasileiro que integra o quadro da Associação de Surfistas Profissionais (ASP).

Secada nos rivais
Anote estes nomes. Kelly Slater (2º do ranking), Mick Fanning (3º), Joel Parkinson (4º), John John Florence (5º), Taj Burrow (6º) e Michel Bourrez (7º). Matematicamente, são estes surfistas que podem impedir o inédito título de Medina. Então, não custa nada torcer para que eles não consigam pegar as melhores ondas e sejam eliminados logo nos estágios iniciais.

Olho nos árbitros
Apesar de eles não aparecerem, são os juízes que definem os resultados, baseados em uma série de critérios, o que não tira a subjetividade da avaliação. São cinco árbitros que dão as notas. A pior e a melhor de cada onda são excluídas e se faz uma média entres as outras três. A pontuação pode ter até uma casa decimal. O surfista pode pegar até dez ondas, mas valem apenas as duas melhores notas.

Você verá um feito histórico
A conquista do título mundial por Gabriel Medina poderá ser comparada a outros feitos grandiosos do esporte nacional, como quando Guga ganhou a Masters Cup e terminou como líder do ranking mundial de tênis em 2000, ou como o primeiro título brasileiro na Fórmula 1, em 1972, com Emerson Fittipaldi.

UOL Esporte

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