Nesta quinta-feira, pela terceira vez desde que reassumiu a seleção, Dunga fará uma convocação da seleção brasileira. Pela primeira vez, poderá chamar Thiago Silva, capitão e grande líder da geração que caiu na última Copa do Mundo. O zagueiro do PSG, ao que tudo indica, já perdeu a faixa para Neymar. Será que ele perdeu também um lugar no grupo?
Essa é a principal pergunta que Dunga terá de responder na convocação para os amistosos contra Turquia (12/11, em Istambul) e Áustria (18/11, em Viena), que será feita nesta quinta, às 11h. Lesionado nas duas primeiras chamadas da seleção, Thiago Silva finalmente está disponível.
O zagueiro estava fora dos gramados desde o começo de agosto, quando sentiu uma lesão na parte posterior da coxa direita. Desde então, Dunga apostou na dupla David Luiz e Miranda e nos reservas Gil e Marquinhos. Foram quatro vitórias sem nenhum gol sofrido, com o sistema passando ileso por ataques fortes como Colômbia e Argentina, além de Equador e Japão, mais modestos.
Thiago Silva é o último elo entre o time de Luiz Felipe Scolari e a nova geração Dunga, já que todos os outros pupilos do antigo treinador já foram avaliados. O atual comandante da seleção preteriu nomes como Júlio César, Daniel Alves, Marcelo e Paulinho, para ficar entre os titulares, e manteve Jefferson, David Luiz, Luiz Gustavo, Ramires, Oscar, Willian e Neymar, entre outros - Maicon e Hulk, casos à parte, foram chamados e desagradaram a comissão técnica.
O único que não recebeu nenhum sinal de Dunga foi Thiago, que voltou a jogar pelo PSG na última terça, em uma atuação discreta na vitória por 1 a 0 do time parisiense sobre o APOEL, pela Liga dos Campeões. Na França, quando voltou, o brasileiro não perdeu prestígio: barrou Marquinhos e reassumiu a faixa de capitão. No Brasil, a tendência é que ao menos isso mude.
Quando deu a faixa para Neymar no primeiro jogo depois da Copa, Dunga definiu que o camisa 10 seria o novo capitão de forma definitiva. Em uma das poucas vezes que tratou sobre Thiago Silva, o técnico se limitou a dizer que quando ele voltasse poderia manter a liderança de outra forma. Nada garante, porém, que esse retorno será imediato, a julgar pelo discurso adotado.
Ao manter Robinho na vaga de Hulk, que alegou uma lesão e foi cortado na primeira chamada, Dunga fez uma analogia com a dança das cadeiras. "Aqui há cadeiras vazias. Se alguém senta, o outro tem de esperar alguém levantar. É a competitividade da seleção brasileira", disse o treinador. Com David Luiz e Miranda em alta, o raciocínio pode ser usado também para manter Thiago Silva na geladeira.
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