Membro do Comitê Executivo da Fifa: 'Acho que a Copa de 2022 não será no Catar'
















Alemão Theo Zwangier, do Comitê Executivo da Fifa, não acredita na Copa-2022 no Catar

As dúvidas sobre o local da Copa do Mundo de 2022 continuam, agora reforçadas por uma declaração forte de um alemão que é nada mais, nada menos que membro do Comitê Executivo da Fifa.  

Para ele, presidente da Federação de Futebol Alemã (DFB, na sigla em alemão), as altas temperaturas do verão na nação asiática (acima dos 40 graus celsius) são o motivo pelo qual será necessária a troca do país-sede.

"É a opinião pessoal dele", disse à "AFP" um porta-voz da Fifa de nome não revelado ao ser questionado sobre as declarações do chefe do futebol alemão.

Ao jornal, Zwanziger fez questão de justificar ainda mais o porquê de sua avaliação. "Os médicos dizem, e eu tenho insistido neste ponto no protocolo, que eles não podem garantir que a Copa do Mundo seja disputada no verão com estas condições [altas temperaturas]."

Sobre o Catar estar desenvolvendo um sistema especial de refrigeração nos estádios, o pressidente da DFB afirmou: "A Copa não envolve apenas estádios. Existem pessoas vindo dos quatro cantos do mundo e que serão afetadas pelo calor."

Ele ainda acrescentou: "No primeiro incidente que houver uma vida em perigo haverá uma investigação. E isso, ninguém no Comitê Executivo da Fifa gostaria de responder." 

A escolha do Catar como sede da Copa de 2022 é envolta a polêmicas desde que foi anunciada, em dezembro de 2010. Na disputa, o país superou Austrália, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, todos com mais tradição no futebol.

Depois, começaram as acusações de que votos teriam sido comprados. O jornal inglês "Sunday Times" acusou em reportagem que o catari e ex-membro do Comitê Executivo da Fifa Mohamed Bin Hammam chegou a pagar 5 milhões de dólares para que os votantes escolhessem o país asiático.

Depois de muita polêmica e pressão, a Fifa resolveu, enfim, abrir uma investigação sobre a escolha do Catar para 2022 e também da Rússia, para 2018. O Comitê de Ética da entidade vai anunciar os resultados da mesma no começo de 2015.

ESPN

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