Na manhã desta quarta, Dunga fará sua segunda convocação após o retorno ao comando da seleção brasileira. A lista para os amistosos contra Argentina e Japão servirá, antes de tudo, para indicar a estratégia do treinador. Daqui até a Copa América, primeiro torneio oficial em vista, o capitão do tetra vai manter uma base de trabalho ou testará diversos nomes?
A resposta para essa pergunta é fundamental para o futuro da seleção, muito questionada após o fracasso na Copa do Mundo disputada em casa.
Na primeira chamada, Dunga chamou dez jogadores que estiveram no torneio sob o comando de Luiz Felipe Scolari – Hulk foi cortado, mas Marcelo, em compensação, entrou para substituir Alex Sandro. O treinador também chamou jogadores como Elias, Tardelli e Filipe Luís, que já serão veteranos em 2018, indicando que não quer montar uma equipe para o futuro.
Em seu discurso até agora, Dunga não deixou claro o que vai querer. Acenou com a volta de Thiago Silva, mas também falou em nomes novos. Falou em dar sequência aos convocados, mas não fechou a porta para quem está comendo a bola no futebol brasileiro.
Em geral, técnicos com tempo para trabalhar não se prendem a um grupo específico. O próprio Dunga optou por variar suas convocações na primeira passagem. Até a Copa América de 2007, sua primeira competição oficial, ele não manteve nenhum titular absoluto na equipe, ainda que esboçasse um time base com Maicon na lateral, Lúcio e Juan na zaga, Gilberto Silva de volante e Robinho no ataque.
Mano, há quatro anos, seguiu caminho parecido. Até entrar em campo na Copa América, o treinador experimentou em todos os setores do campo, debruçando-se especialmente sobre a camisa 10, que passou por Carlos Eduardo, Ronaldinho Gaúcho, Jadson e Elano enquanto Ganso se recuperava de lesão.
Em espaços mais curtos, porém, os técnicos costumam recorrer a um grupo mais familiar. Scolari, por exemplo, foi contratado a menos de dois anos para a Copa e, também por isso, deu chances esporádicas e pontuais a quem gostaria de observar, geralmente para espaços na reserva do elenco.
Nesta quinta, a tendência é que Dunga indique o caminho que irá seguir. A opção do treinador só não ficará tão clara se ele abrir mão de chamar jogadores que atuam no Brasil para não prejudicar os times do país. Na última terça, ele reuniu-se com Gilmar Rinaldi na sede da CBF para tratar do assunto, mas a decisão não foi oficializada.
UOL Esporte
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