11 motivos para a final do Mundial entre EUA x Sérvia ser espetacular




















Os Estados Unidos têm 12 jogadores da NBA, a liga mais forte do mundo. São os atuais campeões. Venceram os oito jogos disputados até aqui por 32,5 pontos de diferença em média. Não perdem um jogo em Mundial desde 2006. São os favoritos absolutos desde antes do Mundial de basquete começar. Mas, a cada fase do torneio, a frase "cada jogo é um jogo" vem sendo provada, como descobriram o Brasil e França ao perder para a Sérvia, ou a Espanha ao ser eliminada pela França. Por isso, acredite: EUA x Sérvia, pela final do Mundial, a partir de 16h deste domingo, será um espetacular duelo. 

E isso mesmo com todo o favoritismo americano - e mesmo se a partida acabar com placar dilatado, dificilmente não terá basquete de primeira qualidade mostrado por ambas as equipes.

Sérvia e Estados Unidos são completamente opostos. Os dois maiores campeões do mundo tem, pelo lado sérvio, um time que se fortaleceu no mata-mata, após primeira fase perdendo três jogos, e sem jogador algum na NBA. Nos EUA, todos os atletas são astros atuais ou futuros da liga, e construíram vitórias sem dificuldades. Estilos de jogo, também, diferentes. E esses duelos táticos, técnicos e psicológicos prometem uma final histórica. Abaixo, 11 motivos para acreditar nisso:

5 x 4 em títulos
Acredite: a Sérvia é a maior campeã da história do Mundial, com cinco (com as conquistas da Iugoslávia). Os EUA vêm em 2º, com 4 títulos (na foto, K. Durant comemora em 2010). Ou seja: além de definir o campeão de 2014, a final deste domingo pode colocar os EUA como os maiores campeões também, ou fazê-los ficar para trás do próprio rival da partida. A Sérvia, certamente, usará isso como motivação.

Bicampeões?
Nunca os Estados Unidos foram campeões de dois Mundiais seguidos. Eles levantaram a taça em 2010, e lutarão para repetir o feito agora. Três jogadores estavam naquele elenco e podem se tornar os únicos bicampeões consecutivos da história do basquete americano: Stephen Curry (foto), armador do Golden State Warriors, Rudy Gay, ala do Sacramento Kings, e Derrick Rose, armador do Chicago Bulls.

A tática sérvia
Aleksandar Djordjevic foi campeão do mundo pela Sérvia, como jogador, em 1998. 16 anos depois, como técnico, ele terá que criar a tática perfeita para que seus comandados batam os EUA. Assim, o duelo tem tudo para ser cheio de variações táticas e jogo de meia quadra quando a bola estiver com a Sérvia. Lembre-se que Djordjevic fez os sérvios ganharem de Brasil e França assim.

A motivação americana
Mike Krzyzewski é o técnico da "retomada" americana - levou o time aos títulos olímpicos em 2008 e 2012, além do mundial em 2010. Cheio de astros no elenco, mais do que pensar em como eles jogarão ele precisa motivá-los, já que dificilmente encontram jogos realmente difíceis. Se entrarem pensando que será mais um jogo mole, como os anteriores, a Sérvia vai se aproveitar.

Milos Teodosic
Muitos se perguntam por qual motivo o armador titular da Sérvia não está na NBA. Além de opção própria, difícil entender. Arrasou com o Brasil nas quartas e com a França nas semis. Tem 4,1 assistências e 14 pontos por jogo. Para o técnico Djordjevic, o melhor do Mundial: "Ele é inacreditável. Até aqui, o MVP do torneio, sem dúvida. É nosso líder". Se jogar como vem atuando, os EUA terão problemas.

Derrick Rose
MVP da NBA em 2011, o armador do Chicago Bulls vem fazendo fraco Mundial, com 5,4 pontos e 2,8 assistências por jogo. Se recuperando de duas lesões seguidas nos joelhos, tem a chance final de mostrar que merecia estar no time e que está pronto para lutar pelo título da NBA na próxima temporada. É o líder do time por experiência, mas na quadra, até aqui, ficou para trás dos companheiros.

NBA x resto do mundo
A NBA é a liga mais forte do mundo, e isso faz com que muitos menosprezem o basquete ao redor do planeta. Mas a Sérvia pode provar que o "mundo Fiba" é também muito forte. A seleção europeia tem um jogador na Rússia, 4 na Sérvia, 3 na Turquia e 3 na Espanha, além de Raduljica, que acaba de sair da NBA. Jogando nas regras da Fiba, é a chance de ofuscar o brilho da NBA.

Defesa
O fã de basquete ama pontes-aéreas, bolas de 3 e enterradas. Mas também admira uma ótima defesa (o Brasil, por exemplo, só foi longe graças a sua melhora defensiva). E a Sérvia terá que atuar de forma perfeita protegendo o aro para ter alguma chance. Nos EUA, é a defesa que cria roubos de bola, que por consequência levam aos contra-ataques com lindas enterradas.

Bolas de 3
Os arremessos de 3 pontos são arma importante da Sérvia: com 39,9% de aproveitamento, são a segunda melhor seleção no quesito (atrás da Austrália). Os EUA, com 38,8%, estão em 4°. Com 62 acertos, também são 4° no total, com a Sérvia em 5°, com 59. Kyrie Irving (foto) é o melhor dos EUA, com 47,1%, enquanto Teodosic lidera a Sérvia com 48,9%. O jogo promete um festival de bolas de longe.

Kenneth Faried e Anthony Davis
A dupla de pivôs titular dos EUA é candidatíssima ao prêmio de melhor jogador - e qualquer um dos dois merece. Com 18 tocos, Davis é o recordista do torneio. Com 63 rebotes, Faried é o melhor dos EUA no quesito. Faried também tem 12,5 pontos por jogo, enquanto Davis anota 13. Ambos são craques, atléticos e enterram sobre qualquer defensor. Espetáculo certo.

É final!
Acima de tudo, Sérvia x EUA é um final de Mundial de basquete. É o melhor da modalidade junto, com astros dos dois lados, qualidade defensiva e ofensiva em todos os quesitos. Cada uma a seu jeito, as seleções chegaram aqui com merecimento. Agora, cabe a cada uma provar que merece, também, o ouro.

UOL Esporte

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