Tiago Splitter cobra lance-livre durante o jogo; Brasil foi péssimo da linha
A seleção brasileira masculina de basquete voltou a sofrer na partida desta sexta-feira. Como na quinta, quando levou a virada para a Lituânia, desta vez a dificuldade foi contra a Eslovênia. A diferença é que o resultado foi positivo. Na prorrogação, o Brasil se recuperou e venceu por 88 a 84. A partida foi a segunda dos comandados de Rubén Magnano no quadrangular amistoso disputado em Liubiana que serve como preparação para o Mundial que começa no próximo dia 30.
O Brasil chegou a abrir 19 pontos, tomou a virada e conseguiu empatar para levar o jogo à prorrogação. Jogando em casa no quadrangular amistoso, os eslovenos foram bem nos arremessos de três pontos. Ao todo, foram 12 bolas certeiras da linha dos três que quase levaram os anfitriões à vitória. O Brasil reagiu e empatou graças a um tapinha de Anderson Varejão no último lance do tempo regulamentar. No desempate, passou a marcar de forma individual e venceu de forma suada.
A equipe de Magnano volta à quadra neste sábado. Apesar de amistoso, o jogo será importante para a seleção. Às 12h15, o time comandado por Magnano pega o Irã, um dos adversários no grupo A do Mundial da Espanha.
Na quinta-feira, o problema foi a defesa. No jogo contra a Eslovênia, foi a vez do o ataque. Com Marcelinho Huertas, Alex, Marquinhos, Tiago Splitter e Anderson Varejão como titulares, o Brasil pareceu perdido ofensivamente. A seleção foi alvo fácil nos primeiros minutos. Os irmãos Zoran e Goran Dragic foram os destaques.
A diferença foi Nenê. O pivô mudou o ânimo dos companheiros ao demonstrar muita disposição, e os comandados de Magnano conseguiram imprimir um ritmo melhor, virando o jogo.
A preocupação foi com os lances livres da seleção brasileira. Um aproveitamento coletivo abaixo de 50%.
O destaque da partida foi Klemen Prepelic. O esloveno terminou com 19 pontos, sendo seis bolas de três pontos. Goran Dragic também esteve inspirado e deixou 18 pontos, além de sete assistências. Pelo time brasileiro, o melhor pontuador foi o atual campeão da NBA com o San Antonio Spurs Tiago Splitter, com 18 pontos. Anderson Varejão fez 16 e pegou oito rebotes.
1º quarto: O Brasil começou a partida completamente perdido no ataque. Cometendo erros bobos, a seleção não conseguia furar a marcação dos donos da casa. Sem trabalhar bem a posse de bola, os brasileiros demonstravam uma pressa injustificável. Prova disso foram os dois tocos consecutivos que Alex levou. Assim, os comandados de Magnano viram a Eslovênia marcar firme e sair rápido no contra-ataque. Liderados pelos irmãos Dragic, os eslovenos conseguiram abrir vantagem e parecia que tudo seria fácil para os donos da casa. Como o Brasil começou a reagir? Quando entrou Nenê. Com vontade, o pivô pegou rebotes, usou o seu arremesso de média distância e deu enterradas para igualar o marcador: 14 a 14.
2º quarto: Com Nenê inspirado, o Brasil passou a dominar a partida. Com uma defesa mais ligada por conta da presença do pivô do Washington Wizards, a seleção abriu uma pequena vantagem graças aos arremessos de três de Marcelinho Machado e Rafael Hettsheimer. É bom destacar que Huertas teve uma melhora significativa e isso foi essencial para que o time evoluísse em quadra. E não foi apenas o armador que melhorou. Em um momento de pura inspiração coletiva, a seleção brasileira mostrou intensidade e chegou a abrir 43 a 28, sendo 29 a 15 só na segunda parcial.
3º quarto: O terceiro quarto apresentou um jogo mais equilibrado no início, com ambas as equipes alternando cestas. Só que uma nova inconsistência ofensiva atacou os brasileiros, tal como já havia acontecido na quinta-feira contra a Lituânia. Em apenas seis minutos, o Brasil estourou nas faltas coletivas e viu os donos da casa quebrarem a vantagem pela metade, fazendo 12 a 2 em um pequeno espaço de tempo. A situação ficou ainda pior quando a Eslovênia passou a acertar bolas de três de distâncias absurdas e o que uma vez foi uma diferença grande caiu para apenas dois pontos.
4º quarto: O último quarto selou o show de Goran Dragic. O armador do Phoenix Suns acertou arremessos de três, distribuiu assistências e ignorou a marcação brasileira, levando a torcida local ao delírio. Outro que mostrou um grande desempenho de fora do perímetro foi Prepelic, com nada menos do que seis bolas certeiras de longe. Enquanto a Eslovênia chutava livre de todos os cantos e acertava, o Brasil encontrava uma dificuldade preocupante ofensiva. A reação que parecia improvável veio apenas nos minutos finais. O Brasil despertou e empatou no último lance com um tapinha de Anderson Varejão.
Prorrogação: No tempo de desempate, a seleção atuou de forma mais decente no ataque e diminuiu o espaço para arremessos de três da Eslovênia. Mesmo assim, o Brasil encontrou muita dificuldade para fechar a partida. O motivo? Os erros nos lances livres. Na base do suor, os brasileiros venceram.
UOL Esporte
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