Natalie Nakase, assistente dos Clippers na Liga de Verão
Aos 34 anos de idade, a norte-americana Natalie Nakase é ousada. Em uma partida da Liga de Verão da NBA, torneio que reúne calouros e o "time B" das equipes, nesta semana, cercada de repórteres, Nakase afirmou com a maior convicção: "Meu sonho é ser técnica na NBA".
Em breve, não se surpreenda se ela chegar lá. Durante a Liga de Verão, Natalie Nakase tem sido uma das assistentes do Los Angeles Clippers, time do qual ela já trabalha há dois anos como analista de vídeo, estudando os adversários do time e fazendo relatórios para os técnicos.
A história dela com o basquete não surgiu do nada. Nakase foi armadora da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). "Ser armadora meio que permite você ser a segunda técnico, a líder na quadra", disse a assistente, ao site oficial dos Clippers.
"Trabalhar com vídeo é um sentimento estranho, especialmente no meu primeiro ano. Sentar em um escritório, atrás de uma mesa, e não estar na quadra era algo diferente. Estar de assistente, me sinto em casa. É algo que eu já fiz no passado desde que parei de jogar. Estar no banco, podendo me comunicar e ajudar os jogadores, conversar com técnicos, falar sobre estratégia, é minha zona de conforto", completou.
"Ela tem sido fenomenal. Ela era a olheira do Miami e viu todos os jogos da Liga de Verão e decifrou eles, então estávamos prontos", disse Brendan O'Connor, técnico dos Clippers na Liga de Verão, após a vitória sobre o Heat no torneio.
Nakase chama atenção dos outros técnicos por ser atenciosa, anotar tudo e vira até referência para superestrelas como Blake Griffin e Chris Paul. "Talvez demore um pouco mais para alguns caras entenderem que eles têm que ouvir uma mulher, mas eles têm sido ótimos. E isso vem dos técnicos Doc (Rivers) e O'Connor. Quando eles dizem ‘Hey, você pode dar um treino', o respeito existe", afirmou.
"Eu nunca acho que nada é grande demais. Eu acho que qualquer um pode fazer qualquer coisa contanto que sigam focadas e continuem tentando. Muitas vezes as pessoas desistem de seus objetivos logo que veem uma dificuldade ou falham. Mas meu pai me ensinou a sempre continuar. Continuar tentando, continuar tentando e é algo que eu amo fazer. E quando você ama algo você só quer continuar tentando", finalizou Nakase.
ESPN
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