O grande assunto da semana, logo depois do dramático jogo de Brasil e Chile, pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo, foi até que bastante estranho: o choro, no intervalo e logo depois do término da prorrogação, de alguns jogadores do Brasil, principalmente do goleiro Júlio César. Mas os comentários foram negativos: a demonstração de desequilíbrio dos jogadores, de demonstrar que a seleção poderia estar eliminada e o fraco controle de emoções dos jogadores.
Mas, convenhamos: o choro dos jogadores não foi uma demonstração de perda de equilibro, de que o choro poderia ser indícios de eliminação, que ficaria mais feio ainda se a seleção realmente não avançasse de fase, esse choro foi um simples ato de emoção a flor da pele que o ambiente do jogo, onde quase toda a torcida pressionava a equipe brasileira pelo gol da classificação. Parem de reclamar que o choro foi uma vergonha (no caso alheia) para o momento do jogo, porque quem está no campo é um ser humano, movido de sensações, emoções, instintos e vontades.
O choro não foi uma demonstração de desequilíbrio, foi um momento de desabafo, que o estádio não trazia. Se querem realmente trazer um culpado ao choro, que dê aos torcedores, pela pressão, os críticos de plantão, que estão preparados para encher a seleção de xingos e reclamações, e nós imprensa, por mostrar aos jogadores que eles têm a obrigação de ganhar a copa. Se não fosse uma copa que gastou-se tanto para realiza-la, duvido que essa pressão seria a mesma.
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