A um dia da abertura da Copa do Mundo, a Arena da Amazônia foi cenário na manhã desta quarta-feira de um protesto do sindicato da construção civil
A um dia da abertura da Copa do Mundo, a Arena da Amazônia foi cenário na manhã desta quarta-feira de um protesto do sindicato da construção civil. Cerca de 500 operários se reuniram em frente ao estádio de Manaus para o Mundial e pediram aumento salarial e melhores condições de trabalho. Os trabalhadores pediam a presença do prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB), mas não foram atendidos.
Cícero Custódio, presidente do Sintracomec, disse que já havia tentado negociações anteriores
"Fazia dias que anunciávamos isso. Se até o dia 10 de junho nada fosse negociado, iríamos fazer o protesto. Realmente os trabalhadores vieram aqui e esse é um alerta. Já mandei um documento ao Ministério Público de alerta de greve e se até sexta-feira nada for resolvido, vamos parar geral. Nós estamos avisando à sociedade que nós construímos a cidade. A Arena foi construída, vai ter jogo, mas cadê o salário dos trabalhadores?", questionou Cícero Custódio, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Manaus (Sintracomec).
O protesto fechou a avenida em frente à Arena Amazôniaentre 8h e 12h, mas ocorreu sem casos de violência. O policiamento local esteve presente e observou a manifestação de forma pacífica. Os operários pedem aumento de 11%, plano de saúde e cesta básica de R$ 130.
Apesar de que o ato tenha ocorrido em frente à Arena da Amazônia, Custódio explicou que o protesto não se refere ao Mundial. "Nada contra a Copa, só queremos mostrar ao mundo a condição dos trabalhadores de Manaus", disse o líder sindical, que chegou a dar entrevista a uma equipe da emissora inglesa Sky Sports.
O presidente do Sintracomec ainda questionou o baixo número de ingressos dados aos operários que construíram o estádio de Manaus e alfinetou Ronaldo, que acompanhou coletiva do Comitê Organizador Local (COL) da Copa em 2013, quando os bilhetes foram anunciados.
"Ingresso aqui foi contado. De dois mil deram 500 aos trabalhadores, a pior cadeira que tinha e o último jogo. Isso não é uma coisa correta. Era para ter dado ingresso para a abertura do estádio e de cadeira especial. O trabalhador pode ser bonzinho, tranquilo, mas não é besta não", afirmou.
"Ronaldo veio aqui, prometeu vários ingressos. Falo para nosso companheiro Ronaldo: é uma vergonha uma pessoa tão querida enganar os trabalhadores", disse Custódio.
Terra
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