Lixo visto perto de um barco de pesca na praia do Fundão, na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro
A preocupação das autoridades olímpicas internacionais com a organização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, encarada como “blefe” e com ceticismo por autoridades brasileiras, foi representada pelo jornal americano New York Times a partir da situação da Baía de Guanabara. Em artigo, a publicação faz críticas severas à preparação brasileira e avisa os velejadores que competirão no local: “não caiam na água”.
De acordo com a reportagem, a Baía de Guanabara figura como um dos lugares turísticos que o governo gostaria de aproveitar nas imagens da Olimpíada, mas na verdade se transformou em um “símbolo da frustração com a problemática preparação para a Olimpíada”. A poluição – especialmente o lixo que vem de canais intoxicados por comunidades sem saneamento básico – são o que mais chamam a atenção.
O New York Times reúne testemunhos de velejadores do mundo inteiro sobre os problemas na Baía de Guanabara, com o odor ruim da água, sacolas plásticas boiando ao lado de carcaças de animais, sofás e garrafas. Os brasileiros consultados atestando a seriedade da questão – Lars Grael, duas vezes medalhista olímpica, testemunha, por exemplo, que viu cadáveres humanos boiando em quatro oportunidades.
Mesmo as medidas tomadas até o momento são contestadas, com a preparação de barreiras ambientais e a retirada do lixo. “Especialistas brasileiros em meio-ambiente dizem que os esforços são uma fração do que realmente precisa ser feito”, diz o texto do jornal americano, que compara a situação ao que ocorreu em Pequim, que passou por problema semelhante. Os chineses, no entanto, colocaram mais de mil barbaças para resolver a questão. O Rio, por enquanto, tem pouco mais de uma dúzia.
Terra
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