Jérôme Valcke diminiu o tom dos alertas aos turistas
Na última sexta-feira, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, deu um conselho bem claro aos turistas que viajarão ao País-sede da Copa do Mundo de 2014: não pense que o Brasil é a Alemanha. Nesta segunda, após enorme repercussão de suas declarações, porém, o francês deu um passo atrás. Em vez de engrossar o alerta aos estrangeiros, pediu para que eles desembarquem em solo verde e amarelo dispostos a “curtir o Brasil do jeito que ele é”.
“Os torcedores podem esperar encontrar um País incrível. Um País que tem música, samba e uma série de coisas que o tornam único no mundo”, disse Valcke, em entrevista ao site oficial da Fifa, antes de entrar na questão da segurança. “Ela é um problema em todas as partes do mundo. Também depende da maneira como você se comporta. Curta o Brasil do jeito que o Brasil é. Se, em alguma cidade, disserem que você não deve andar por certos lugares, é o que você deverá fazer. Existem áreas e partes da cidade às quais você não irá. Não só no Brasil, mas em todo o mundo é assim”, acrescentou o mandatário, amenizando as críticas feitas recentemente.
Na sexta-feira, ele disse a um grupo de repórteres de agências internacionais que os fãs que viessem ao Brasil não poderiam simplesmente aparecer nas cidades e dormir em seus carros ou em acampamentos, como fizeram na Alemanha, há oito anos. Além disto, alertou que eles não conseguiriam embarcar em trens para ir de uma cidade para outra. Agora, entretanto, afirmou que nem mesmo a segurança nos arredores dos estádios é preocupante.
“A segurança dentro e nos arredores do estádio não é um problema. Está tudo organizado neste sentido, e o mesmo vale para as Fan Fests. É a hora de se divertir. A segurança em geral é boa. O Brasil organiza com frequência grandes eventos como o Carnaval e diversos eventos internacionais. Se você visita um país, deve sempre respeitá-lo”, declarou Valcke, que ainda analisou a atual situação dos estádios que sediarão as partidas do Mundial. Neste fim de semana, a Arena Corinthians, último estádio a ser entregue, foi inaugurada com presença de público em um jogo comemorativo entre ex-jogadores da história do clube.
“Entraremos no período de uso exclusivo dos estádios a partir do próximo dia 21 de maio para o primeiro deles, o de São Paulo. Ainda temos trabalho a fazer fora do estádio e nas redondezas. Faremos nossa lição de casa, instalando todos os sistemas nos estádios. Isso também é uma parte importante da estrutura de uma Copa do Mundo. Enquanto isso, é importante testar tudo para ter certeza de que funciona. Teremos jogos em que 100% do estádio será usado, com um alto nível de hospitalidade e interesse midiático, e, portanto, não podemos falhar”, alertou.
Por fim, Valcke desconversou sobre as possíveis heranças que a Copa do Mundo deixará para o Brasil após a realização do torneio. “Não se pode falar no legado durante a Copa do Mundo ou logo depois dela. São precisos alguns anos para ver qual é o legado”, declarou, antes de decretar: “Quando um país se candidata a sediar uma Copa do Mundo, isso não vai contra seu próprio interesse. A Copa é uma maneira de acelerar uma série de investimentos em um país. É fácil criticar a Fifa, é fácil usar os torneios para organizar manifestações. Mas se o alvo é a Fifa porque ela é a causa do que está acontecendo no país, então ele está errado”.
Terra
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