Conselheiro pede demissão de Oswaldo; Santos promete calma

Após bom início, Oswaldo vive pressão à frente do Santos

A reunião do Conselho Deliberativo do Santos nesta segunda-feira que aprovou as contas do exercício de 2013 do clube ficou marcada, também, pelo pedido de demissão do técnico Oswaldo de Oliveira pelo vice-presidente do Conselho, Carlos Henrique da Fonseca Filho.

O conselheiro pediu pela saída do treinador e foi aplaudido por quase todos os ainda presentes na sessão. O clube, por oyutro lado, assegura que dará tempo para o treinador trabalhar.

"Vim aqui (ao púlpito) como torcedor santista, para falar de futebol. Não dá mais para aguentar o Oswaldo de Oliveira, precisamos de outro treinador. É inadmissível a folga de 15 dias que os jogadores terão. Precisamos falar para o Oswaldo usar o tempo (da paralisação para a Copa do Mundo) e dar padrão aos nossos jovens. É muito nítido que não vem fazendo isso. Discordo sobre as contratações, o Santos tem profissionais competentes para se fazer. A gente não tem mais visto jogadores com a nossa identidade, isso não tem ocorrido. Precisamos saber com quem vamos até o final, temos que ter jogadores comprometidos, que vão até o fim do Brasileiro", disse o conselheiro.

Oswaldo passou a ser questionado, principalmente, após o vice no Campeonato Paulista diante do Ituano. Na ocasião, liderou o Santos à melhor campanha da primeira fase do Estadual, mas viu a equipe ser surpreendida na final, quando perdeu na decisão por pênaltis para a equipe do interior.

Desde então, venceu quatro partidas e empatou outras três. A primeira derrota ocorreu no último domingo, diante do Atlético-MG, como mandante na Arena Cuiabá.

"Temos que respeitar as críticas, isso é muito comum, muito frequente no Brasil. Quando você não consegue resultados seguidos a primeira coisa que se faz é pedir a cabeça do técnico. As pessoas têm direito de falar, de discordar, mas lembramos que o Oswaldo fez uma boa campanha no Paulista, só acho que ficou a marca por ter perdido para o Ituano. Acredito que a colocação que o Santos se encontra, o futebol que vem apresentando de uns tempos para cá não são os esperados, então é natural que se questione o técnico. Vemos com naturalidade isso", amenizou Odílio Rodrigues, presidente do clube.

"O Oswaldo vem fazendo um trabalho bom, gostamos do trabalho dele pois dá oportunidade para os jovens e conseguiu mesclá-los com os mais experientes. Tivemos um Paulista muito bom, mas depois houve um decréscimo a partir das quartas de final dessa competição. Agora, é dar tempo para o Oswaldo rever o que fazer e nós, inclusive, precisamos reconhecer que o plantel precisa de reforços", completou.

Até a paralisação para a Copa do Mundo, o Santos enfrenta Goiás, nesta quinta, Flamengo, no dia 25, Bahia, 29, e Criciúma, 1º de junho. O clube divulgou na segunda que permanecerá em treinamento no CT Rei Pelé até 31 de maio. Depois disso, os atletas receberão folga e só retornarão as atividades, ainda sem local definido, em 15 de junho.

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