Abandono de campo em Joinville pode levar a Portuguesa à Série C
O abandono de campo na partida diante do Joinville, na última sexta-feira, pela primeira rodada da Série B, tem tudo para, de fato, “encrencar” a situação da Portuguesa no futebol brasileiro. Em entrevista ao Sportv na tarde desta sexta-feira, o procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, admitiu que denunciou a equipe paulista, falou em” farsa” e “encenação” do clube do Canindé no caso e confirmou que pode haver a exclusão do time da competição nacional.
“Todos os fatos deste caso foram avaliados por sete dias. Após as análises, foi constatada que não havia nenhuma justificativa plausível, técnica ou jurídica que desse qualquer tipo de suporte à Portuguesa para deixar o campo de jogo e simplesmente acarretar os prejuízos de uma partida sem saldo de gols, gols pró, gols contra, que são critérios decisivos em um campeonato deste tipo”, declarou Schmitt. “Além disso, houve toda a logística de segurança, e sete mil pessoas com o espetáculo frustrado. Tudo isto pelo abandono de jogo”, acrescentou.
A Portuguesa deixou o gramado da Arena Joinville aos 17 minutos da partida da última sexta-feira “amparada” por uma liminar movida, em São Paulo, por um torcedor, que impedia o time de disputar a Série B. Entretanto, de acordo com Paulo Schmitt, esta ação não possuía nenhuma força jurídica, e o clube paulista sabia disto. “Essa liminar não procedia, uma vez que a Portuguesa já havia sido intimada de outras decisões e sabia, por meio do STJ, que todas as ações deveriam correr somente na Vara Cível Barra da Tijuca”, explicou, antes de disparar contra a equipe paulista.
“Depois de uma semana de análises, essa atitude da Portuguesa se revela para nós como uma fraude, uma farsa, uma tentativa de dar ares de legalidade a algo que não existiu e que acarretou neste absurdo que a gente viu, que foi o abandono de campo”, atacou, deixando claro que o time do Canindé será penalizado pelo ocorrido. “Quem descumpriu alguma decisão judicial foi a Portuguesa ao abandonar o campo, porque ela tinha por obrigação disputar a Série B, gostando dela ou não”, decretou.
A denúncia movida pela Procuradoria nesta sexta-feira diz que a equipe rubro-verde, ao deixar o campo, infringiu os artigos 205, parágrafo segundo, e 231 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) e o artigo 69-2 do Código Disciplinar da FIFA. As penas contidas nestes artigos variam da perda de pontos em favor do adversário até a exclusão do campeonato em disputa, o que acarretaria no rebaixamento compulsório para a Série C.
Terra
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